Real explode na prorrogação, vira, goleia e leva a 10ª Liga dos Campeões

24/05/2014 23:05 Esporte
Cristiano Ronaldo comemora gol sem camisa. Reprodução
Cristiano Ronaldo comemora gol sem camisa. Reprodução

O título inédito do Atlético de Madri que parecia definido nos 90 minutos não aconteceu. Nos acréscimos do segundo tempo no Estádio da Luz, em Lisboa, em Portugal, a dois minutos do fim da partida e da festa do time treinado pelo argentino Diego Simeone, o zagueiro Sérgio Ramos, do Real Madrid, subiu para cabecear e empatar a partida no tempo normal. Era o início do fim do sonho do Atlético, e o início da festa do Real, que viu o astro Cristiano Ronaldo apagado. Mas o galês Gareth Bale, homem mais caro do mundo, marcou na prorrogação. E o brasileiro Marcelo ainda fez, e Cristiano Ronaldo finalizou em pênalti: 4 a 1. Foi o 10º título do Real em sua 13ª final de Liga, dessa vez treinado pelo italiano Carlo Ancelotti. Título que tira o gigante espanhol do jejum desde 2002, quando conquistou o torneio tendo o francês Zinédine Zidane como protagonista.

E Simeone se arriscou na final. Escolheu levar o artilheiro Diego Costa para a partida após o brasileiro naturalizado espanhol realizar tratamento intensivo à base de placenta de égua. Mas não deu certo. Ele voltou a sentir dores na coxa direita logo no início da decisão e teve de ser substituído por Adrián aos 8 minutos.

Como não poderia ser diferente, a partida entre dois rivais espanhóis proporcionou momentos de tensão. Depois de entrada forte do meia Raúl Garcia, do Atlético, no argentino Di Maria, do Real, quase houve confusão generalizada em Lisboa. Gabi chegou a atingir o rosto do português Fábio Coentrão, do Real Madrid, com um tapa.

O primeiro gol da partida, do Atlético, foi do zagueiro uruguaio Diego Godín. Aconteceu após cobrança de escanteio. A bola já estava perdida e aparentemente não havia mais perigo de gol, mas no rebote, ao jogar a bola novamente para a área, o goleiro Iker Casillas decidiu sair para tentar interceptar o novo cruzamento. Mas a indecisão do experiente arqueiro da seleção espanhola resultou em falha decisiva, talvez a mais importante da carreira. Casillas estava no meio do caminho quando o uruguaio Godín subiu e cabeceou fraco para o gol. Casillas ainda correu e quase salvou a bola em cima da linha, mas logo quando caiu já viu os jogadores adversários comemorando aquilo que poderia ser o início da festa do título inédito.

Agravante para o Real Madrid foi a atuação apagada e abaixo da média do melhor do mundo, o português Cristiano Ronaldo. Ele foi anulado no primeiro tempo e pouco tocou na bola. Chegou a armar algumas jogadas de contra-ataque quando ganhou na superioridade física. No segundo tempo ainda apareceu mais, mas não o suficiente para ser lembrado pelas glórias da carreira.

O gol de Sérgio Ramos, nos acréscimos, saiu em cobrança de escanteio de Modric. O espanhol se desmarcou, subiu muito bem e cabeceou melhor ainda, no canto. Gareth Bale também desapontou no tempo normal. Teve a chance de gol mais clara de todo o jogo. Conseguiu interceptar bola após erro de passe do português Tiago e correu em direção à área sozinho. Cara a cara com o goleiro belga Courtois, no entanto, chutou para fora.Mas fez valer todo o investimento do Real na prorrogação. Após jogada fantástica de Di Maria pela ponta esquerda, aproveitou o rebote e marcou de cabeça para virar o jogo.

Marcelo marcou o terceiro gol no fim. Ele, que saiu do banco de resevas para mudar o jogo, invadiu o centro e fez. Cristiano Ronaldo, no fim, sofreu pênalti e ele mesmo converteu. No fim da partida, as comissões técnicas e banco de reserva dos dois times entraram em confusão, logo apartada pelos atletas. Diego Simeone foi expulso no minuto final. Do outro lado, Ancelotti igualou o recorde de Bob Paisley e agora é um dos técnicos que mais venceu a Liga dos Campeões: três vezes.

Assim como a diferença de investimento do Real para o Atlético, a diferença de experiência em finais da Liga era igualmente enorme. Essa foi a 13ª final do Real Madrid – agora com dez títulos –. O Atlético disputou a decisão apenas pela segunda vez. Há 40 anos, na temporada 1973/74, foi vice-campeão após ser goleado por 4 a 0 pelo Bayern de Munique (ALE) no replay.

Fonte: UOL

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