Voto verde e direto: sócios elegem neste sábado o presidente do Verdão

28/11/2014 14:40 Esporte
Paulo Nobre assumiu o Palmeiras em janeiro de 2013 e busca a reeleição (Foto: Marcelo Hazan).
Paulo Nobre assumiu o Palmeiras em janeiro de 2013 e busca a reeleição (Foto: Marcelo Hazan).

O dia 29 de novembro de 2014 vai entrar para a história da Sociedade Esportiva Palmeiras. Neste sábado, a partir das 9h, os associados do clube terão pela primeira vez o direito de eleger o novo presidente do Verdão. Após a votação do filtro do Conselho Deliberativo, apenas duas das três chapas foram registradas para o inédito pleito.

Eleito em 2013, Paulo Nobre tenta se manter no cargo por mais duas temporadas. Com o clube passando por grandes problemas financeiros, o dirigente encontrou dificuldades para encontrar novos recursos - não conseguiu um patrocinador máster fixo durante toda a gestão - e apostou em empréstimos pessoais para "não deixar a roda para de girar". Como defesa, o mandatário diz entregar um clube hoje mais organizado e com as contas equilibradas.
Apesar de conquistar o título da Série B e garantir o acesso para o Brasileirão no fim do primeiro ano do seu mandato, o atual presidente vive no futebol o grande alvo de críticas por parte dos seus opositores. Em dois anos de gestão, as 37 contratações de Paulo Nobre, além das saídas de Hernán Barcos, Henrique e Alan Kardec, são criticadas por torcedores, principalmente pelos resultados obtidos dentro de campo - a equipe de Dorival Júnior chega para as últimas duas rodadas do Brasileiro vivendo grande ameaçada de um novo rebaixamento para a Série B.

Wlademir Pescarmona será o representante da oposição na disputa. Com um slogan "Palmeiras grande outra vez", o grupo se apega principalmente aos resultados inexpressivos conseguidos no futebol nos últimos anos para convencer os associados de que merece uma chance à frente do clube.
Quando foi diretor de futebol, no fim da gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo, em 2010, o diretor acumulou polêmicas e uma inesperada eliminação na Copa Sul-Americana. Após vencer no Serra Dourada, o Verdão foi superado pelo Goiás em pleno Pacaembu, por 2 a 1, resultado que causou ira nos palmeirenses. E em Pescarmona. Após a partida, o dirigente questionou publicamente os atletas e, no fim do ano, entrou em atrito com Valdivia após sugerir uma cartilha de comportamento ao chileno durante as férias.
Liderada por Belluzzo, candidato à primeira vice-presidência, a oposição aposta na criação de um Comitê Empresarial entre palmeirenses notáveis para auxiliar o presidente e ajudar na captação de novos recursos para o clube.


Wlademir Pescarmona, que já trabalhou na diretoria, é o candidato da oposição no Palmeiras (Foto: Diogo Venturelli)

Como o associado terá o direito de eleger o presidente pela primeira vez na história do Verdão, o sempre agitado bastidor palmeirense tem ganhado dias mais movimentados nos últimos meses. Mais presente no dia a dia do clube, Pescarmona aposta em sua frequência nas tradicionais alamedas alviverdes para ter a preferência dos palmeirense, enquanto Nobre conta com amplo apoio de grande parte do Conselho Deliberativo e de pessoas influentes, com o ex-presidente Mustafá Contursi e o grupo liderado por Luiz Carlos Granieri, que não teve sua candidatura aprovada no filtro.
Ao contrário das últimas eleições, quando o conselheiro tinha o direito de votar em quatro vices-presidentes, desta vez a opção será pela chapa fechada. Paulo Nobre conta com a mesma formação da sua atual administração, com Mauricio Galiotte, Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges. O grupo de Wlademir Pescarmona tem como vices Luiz Gonzaga Belluzzo, João Gavioli, Carlos Degon e César Lemos (o César Maluco).

Fonte: Globo Esporte

COMENTÁRIOS

Usando sua conta do Facebook para comentar, você estará sujeito aos termos de uso e politicas de privacidade do Facebook. Seu nome no Facebook, Foto e outras informações pessoais que você deixou como públicas, irão aparecer no seu comentário e poderão ser usadas nas plataformas do iFato.