400 jogos no Gre-Nal: Por que D'Alessandro tem a cara do clássico gaúcho
D'Alessandro completa 400 jogos pelo Inter exatamente no clássico Gre-Nal / Foto: Jeremias Wernek/UOL
D'Alessandro completa 400 jogos pelo Inter neste cássico Gre-Nal., e o jogo não poderia ser mais emblemático ao camisa 10 argentino. Além de ter estreado pelo time vermelho exatamente contra o tradicional oponente, D'Ale tem 'a cara' do duelo.
As razões para D'Alessandro simbolizar hoje o Gre-Nal não são apenas do lado vermelho. Não é apenas por rivalizar sempre que possível ou por ser, em campo, quem mais vezes participou do confronto. É por tudo que ele simboliza neste contexto.
São 399 jogos, 85 gols, 12 títulos e 100 assistências em quase 10 anos de clube. Contra o Grêmio foram 28 jogos, 13 vitórias, 10 empates e cinco derrotas, oito gols marcados.
Idolatrado pelos colorados, odiado pelos gremistas, ninguém passa incólume a D'Alessandro. O protagonismo assumido por ele faz com que sempre esteja em foco de todos os lados. É alvo de marcação, cobrança, corneta. Recebe aplausos, apoio, carinho. D'Alessandro movimenta tanto vermelhos quanto azuis e carrega, entre os jogadores, o maior peso no clássico Gre-Nal.
D'Ale não esquece de cornetar o rival quando vence. Já foi para torcida do Inter com caixão do Grêmio, já fez um binóculo com as mãos para o técnico Renato Gaúcho, já citou direta e indiretamente o Grêmio em várias entrevistas. A rivalidade entre vermelhos e azuis, hoje, muito passa por D'Alessandro. Qualquer atitude dele repercutirá dos dois lados.
E nem sempre se vence. D'Alessandro também foi alvo na goleada gremista por 4 a 1, em 2014. Alán Ruíz, meia-atacante argentino do Grêmio na época, postou uma série de fotos e palavras provocando o adversário após o jogo. Ganhou, de cara, total apreço da torcida, que até hoje pede seu retorno ao clube.
Outra situação que une o perfil de D'Alessandro ao Gre-Nal é a facilidade com que o gringo se envolve em confusões. A cada falta, a cada lance de discussão, ele é protagonista. Fala com árbitros, é acusado por gremistas de 'apitar o jogo'. Acaba recebendo cartões até em demasia por isso. Mas, como no Gre-Nal, perder uma falta, ser prejudicado em centímetros no local de uma cobrança, é como se uma catástrofe tivesse acontecido. Tudo se superdimensiona quando Inter e Grêmio se enfrentam.
D'Alessandro construiu, porém, uma relação de respeito que supera qualquer rivalidade ou rixa. Não apenas pelo evento beneficente Lance de Craque, que ajuda institutos com a renda de uma partida festiva que reúne jogadores e ex-jogadores de variados países, mas pelo profissionalismo que demonstra. Fora de campo, gremistas e colorados tem nele um exemplo. Não é raro vê-lo conversando normalmente com torcedores, jogadores, dirigentes do Grêmio. Vez por outra atende pedidos de fotos e autógrafos de aficionados que naturalmente tem nele um desafeto. Convidou, mais de uma vez, jogadores do Grêmio para sua partida e trata de dizer sempre que pode que o futebol vai além das quatro linhas e a rivalidade é restrita ao campo.
Fonte: Marinho Saldanha / UOL
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