Arena pode trazer novo prejuízo milionário ao Corinthians após ordem da Justiça

Determinação judicial nesta quinta-feira (15) obriga o Timão, junto de um grupo de empresas, a devolverem R$ 400 milhões à Caixa Econômica Federal
15/02/2018 16:27 Futebol
Foto: Reprodução
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Se dentro de campo a Arena Corinthians é um dos amuletos do alvinegro, fora de campo o estádio continua trazendo grandes problemas ao clube. Nesta quinta-feira (15 de fevereiro) foi divulgada a decisão da juíza federal Maria Isabel Pezzi Klein, da 3ª Vara Federal de Porto Alegre, determinou que o Sport Club Corinthians Paulista, a construtora Odebrecht, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Fontes Hereda e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena Itaquera S.A devolvam a quantia de R$ 400 milhões ao banco estatal.

A ação que questiona o financiamento da Arena foi movida em 2013 pelo advogado Antônio Pani Beirize. Apesar de divulgada no site da Justiça Federal do Rio Grande do Sul nesta quinta, a decisão foi publicada pela juíza no dia 5 de janeiro e cabe recurso dos envolvidos no TRF4.

Por meio da nota publicada no site da Justiça Gaúcha, a juíza relatou irregularidades no financiamento cedido a uma empresa com baixo capital social estimado na época. “Um repasse milionário de dinheiro público, captado por uma empresa privada especialmente criada para este fim e com capital social no valor de R$ 1 mil, embasado em garantias incertas e que beneficiou, além de um time de futebol, uma construtora contratada sem licitação”, disse.

Empresas como o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e a Caixa Econômica Federal foram citadas na nota, enfatizando o papel das entidades em garantir o gerenciamento de verbas públicas, ressaltando também sua consequente subordinação aos princípios, valores e regras de regência do Direito Público.

Enquanto corre no trânsito a decisão, a publicação ainda afirma que a Caixa, o Corinthians, Odebrecht e Hereda defenderam a regularidade da transação e afirmam ter garantias suficientes sobre a renegociação da dívida e satisfação do crédito com receitas futuras.

“Ao fim de quatro anos, apenas, pequena parcela do principal foi paga, restando uma imensa dívida impontual, em evidentes prejuízos à Caixa Econômica Federal. E, é claro, porque estamos falando de recursos públicos federais, a maior prejudicada é, sem dúvida, a União Federal”, comentou a magistrada.

Fonte: Fox Sports

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