Cruzeiro vence no Allianz; Palmeiras reclama de gol anulado no último lance
O Cruzeiro contou com um gol de Hernán Barcos contra seu ex-time para vencer o Palmeiras por 1 a 0 nesta quarta-feira (12), em pleno Allianz Parque, e largar na frente na semifinal da Copa do Brasil. O jogo teve polêmica no último lance: Antônio Carlos balançou a rede após uma saída errada de Fábio, mas o árbitro Wagner Reway anulou alegando falta de Edu Dracena em cima do goleiro cruzeirense, para revolta geral alviverde.
Embalado pela torcida, o Palmeiras dominou a posse de bola, pressionou e criou mais chances de gol, mas na maior parte do tempo parou na excelente marcação cruzeirense. O time celeste ainda jogou a reta final com um a menos por causa de uma expulsão infantil de Edilson, que ofendeu o juiz e recebeu o cartão vermelho.
O jogo da volta acontece no dia 26 de setembro, também uma quarta-feira, no Mineirão. O Cruzeiro precisa de um empate para avançar à final, enquanto qualquer vitória palmeirense por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis.
O meia cruzeirense foi o principal motor das jogadas de ataque, participando da jogada do gol com um lindo passe em profundidade para Robinho e criando outras chances perigosas. De quebra, ainda ajudou muito na marcação, auxiliando os volantes no combate ao meio-campo do Palmeiras, especialmente no segundo tempo.
Levou a pior na maioria dos duelos diretos com Barcos e sofreu quando precisou sair da área para dar combate. No lance do gol, ficou vendido e permitiu que Robinho recebesse o passe às suas costas, em um raro momento de desorganização da defesa do Palmeiras.
O Palmeiras começou melhor o jogo, empurrado pela torcida, e abafou o Cruzeiro nos minutos iniciais. Logo de cara, criou uma grande chance com Borja, que ganhou da defesa celeste e bateu forte, mas Fábio fez uma defesa espetacular para evitar o gol. Com lançamentos diretos para o ataque e muito jogo pelas laterais, o alviverde ia cercando a bem postada defesa cruzeirense.
Logo na primeira chegada do Cruzeiro, porém, saiu o gol. Em contra-ataque rápido, Robinho tabelou com Thiago Neves, pegou a defesa do Palmeiras totalmente desorganizada e saiu livre pela direita. Antônio Carlos saiu para dar o combate e Robinho encontrou Barcos livre na área. O centroavante teve calma para dominar e tocar por cima na saída de Weverton, encerrando o jejum de 11 jogos sem balançar as redes.
O Palmeiras manteve a iniciativa do jogo após sofrer o gol e seguiu criando chances perigosas. Dudu quase fez um golaço ao balançar para cima de Edilson e bater rente à trave; depois, Willian recebeu cruzamento da direita e desviou na trave; por fim, Borja recebeu ajeitada de Willian e soltou uma bomba para fora. A metade final do primeiro tempo, porém, foi de controle do Cruzeiro, muito bem postado na defesa. O Palmeiras passou a apostar mais na bola longa e perdeu o ímpeto do início do jogo.
O Cruzeiro esteve perto de fazer o segundo gol nos minutos finais do primeiro tempo, com Arrascaeta. Em contra-ataque, Thiago Neves ficou com a bola na direita e achou um lindo passe para o uruguaio na segunda trave, mas Weverton saiu bem para fechar o ângulo e impedir o gol celeste. Pouco depois, Arrascaeta sentiu lesão e precisou deixar o gramado ainda antes do intervalo, dando lugar a Rafinha.
Com a desvantagem no placar, Felipão voltou para o segundo tempo com uma substituição ofensiva: Thiago Santos saiu, Moisés foi recuado para volante e Lucas Lima entrou para articular o meio-campo. O alviverde ganhou mais qualidade ofensiva e passou a preencher o campo de ataque com mais gente, mas seguiu tendo dificuldades para furar a organizada retaguarda cruzeirense. Do outro lado, Mano respondeu com Bruno Silva no lugar de Robinho, para aumentar o poder de marcação no corredor direito.
O Cruzeiro ficou com um jogador a menos aos 35 minutos do segundo tempo, quando Edilson ofendeu o árbitro Wagner Reway após a marcação de uma falta contra o time mineiro. O lateral direito havia recebido apenas cartão amarelo pela infração, mas xingou o juiz na sequência e imediatamente recebeu o vermelho. Mano Menezes e os jogadores celestes reclamaram muito da decisão, mas não teve jeito, e o Cruzeiro precisou terminar o jogo com dez em campo.
Com um a mais, o Palmeiras aumentou a pressão nos minutos finais, ameaçando o Cruzeiro com constantes cruzamentos. Em um deles, Egídio quase protagonizou a falha mais feia da noite: completamente sozinho, ele tentou cortar um levantamento para escanteio, mas acabou desviando na direção do próprio gol. Fábio precisou se esticar todo para fazer uma grande defesa e evitar o gol contra do lateral esquerdo.
Na última jogada da partida, aos 52 minutos do segundo tempo, Fábio saiu mal após um levantamento na área do Cruzeiro e soltou a bola nos pés de Antônio Carlos, que mandou para as redes. Mas o árbitro Wagner Reway anulou o lance alegando uma falta de Edu Dracena em cima do camisa 1 celeste. Os jogadores do Palmeiras ficaram revoltados, mas o juiz manteve sua decisão e terminou o jogo logo em seguida com a vitória cruzeirense. O árbitro de vídeo não foi consultado porque Reway parou o jogo antes de Antônio Carlos finalizar, não configurando, portanto, um lance de gol.
O Palmeiras preparou um mosaico com os dizeres "Primeiro Palestra" para provocar o Cruzeiro, que, assim como o alviverde, também se chamava Palestra Itália nos primeiros anos de sua história. Mas a baixa presença de público no setor leste, o mais caro do Allianz Parque, acabou frustrando a tentativa. O mosaico ficou desfigurado e a mensagem nas arquibancadas acabou ilegível.
Palmeiras 0 x 1 Cruzeiro
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP) Data: 12/09/2018 Horário: 21h45 (de Brasília) Público: 32.960 Renda: R$ 2.732.380,98 Árbitro: Wagner Reway Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Alessandro Rocha Matos
Gol: Barcos, aos 6 minutos do primeiro tempo Cartões amarelos: Thiago Santos e Dudu (Palmeiras); Léo, Fábio e Edilson (Cruzeiro) Cartão vermelho: Edilson (Cruzeiro)
Palmeiras: Weverton; Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Bruno Henrique (Marcos Rocha) e Thiago Santos (Lucas Lima); Willian, Moisés e Dudu; Borja (Artur). Técnico: Luiz Felipe Scolari
Cruzeiro: Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Robinho (Bruno Silva), Thiago Neves e Arrascaeta (Rafinha); Barcos (Raniel). Técnico: Mano Menezes
Fonte: Danilo Lavieri / UOL
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