'Eu tô aqui, c...': Se outros craques vão para casa, Neymar decide e avança
Se Messi e Cristiano Ronaldo deram adeus à Copa do Mundo agora nas oitavas de final, Neymar fez seu principal jogo no início do mata-mata no Mundial.
Além da boa atuação, fez um gol e participou diretamente do outro na vitória por 2 a 0, que classificou a Seleção Brasileira para as quartas de final do Mundial. A comemoração quando abriu o placar, inclusive, foi parecida com a do craque português, com o grito: "eu tô aqui, c...". Estava mesmo.
Os números do Footstats comprovam a importância do craque brasileiro no jogo. Ele foi quem mais criou chances de gol (quatro passes para finalizações), quem mais driblou (duas vezes, empatado com Gabriel Jesus), quem mais sofreu faltas (seis) e quem mais finalizou, certo (quatro) ou errado (três tiros para fora). Se Tite já tinha dito que o atacante jogou muito contra a Sérvia, terá de encontrar novos elogios agora.
O lance que abriu o placar em Samara, na Rússia, foi todo seu. Partindo do lado esquerdo, onde atuou a maior parte do tempo, o camisa 10 carregou para o meio e quando se esperava o chute, tocou de calcanhar para Willian. A defesa mexicana entrou em parafuso, e Neymar infiltrou na área, livre, para completar o tiro do camisa 19 e marcar seu primeiro gol em mata-mata nos Mundiais.
Mesmo no primeiro tempo, quando o México não deixava o Brasil sair com a bola, o atacante do PSG era o jogador mais perigoso na equipe de Tite. O lance que recolocou a Seleção no jogo, inclusive, foi numa jogada individual dele, que driblou dois e parou em Ochoa, aos 24 minutos. A partir dali, o confronto tornou-se mais igual.
Só que depois do 1 a 0, enquanto o Brasil passou a correr menos riscos, o México bateu mais. Em uma jogada sem bola, Layún já havia dado um empurrão em Neymar. Ele voltou a castigar o melhor jogador brasileiro fora do campo, quando acertou um pisão no seu tornozelo direito. O lance ocorreu na frente de Tite e do quarto árbitro, mas a encenação do atacante parece ter inibido o árbitro italiano Gianluca Rocchi, que nem cartão amarelo aplicou.
Com divididas cada vez mais ríspidas, alguns torcedores pensaram ser o momento de tirar Neymar, pendurado na Copa com um cartão e cada vez mais caçado. Mas ele ainda tinha mais a mostrar: nos acréscimos, disparou livre pelo lado esquerdo, deu um chute fraco, desviado por Ochoa, que caiu de presente para Roberto Firmino fechar o placar. Brasil classificado.
Agora com 57 gols pela Seleção, Neymar isolou-se como o quarto maior artilheiro do Brasil, passando Romário, que tem 56. Ele está atrás de Pelé (95 gols), Ronaldo (67) e Zico (66). Com o caminho livre sem seus maiores rivais pela Bola de Ouro, a primeira resposta do camisa 10 foi ótima. Ele tem mais três jogos para se colocar, de fato, na briga com os dois craques, que só poderão secá-lo de suas casas.
Fonte: Thiago Ferri / Lance!
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