Fluminense e São Paulo param nas traves e empatam no Maracanã

Em duelo no qual os postes viraram protagonistas, Éder Militão e Pedro ainda garantem um gol para cada lado: 1 a 1
29/04/2018 18:35 Futebol

Em jogo no qual as traves levaram a melhor em quase todos os duelos com os jogadores, São Paulo e Fluminense superaram os postes e o respectivo adversário uma vez cada para empatar em 1 a 1, na tarde deste domingo, no Maracanã, em confronto válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

O time visitante abriu o placar com Éder Militão, no primeiro tempo. E com um detalhe curioso: em lance no qual, antes de o zagueiro mandar para o fundo das redes, o travessão impedira as duas tentativas anteriores dos são-paulinos, com Bruno Alves e Diego Souza, de marcar. Já aos 43 da etapa final, Pedro, de cabeça, deixou tudo igual.

O resultado levou os são-paulinos, que permanecem invictos no campeonato, a cinco pontos. Já os cariocas foram a quatro. Como ambos só voltam a jogar pela Copa Sul-Americana na segunda semana de maio, terão a atual livre antes de entrarem em campo novamente. A equipe de Diego Aguirre recebe o Atlético-MG, sábado (5), no Morumbi. A de Abel Braga joga um dia depois, quando visita o Vitória, no Barradão.

O JOGO

No papel, Fluminense e São Paulo utilizaram formações táticas semelhantes, com três zagueiros. A diferença no lado são-paulino foi que Diego Aguirre orientou o time a alternar o 3-5-2 com um 4-3-3. Sem a bola, Militão recuava e compunha o trio com Arboleda e Bruno Alves. Quando a equipe recuperava a posse, ele abria para jogar como lateral-direito e empurrava Régis para a ponta.

Já no Fluminense, faltava quem fizesse a bola chegar a Pedro e Marcos Júnior. Sornoza, sozinho, não dava conta. Assim, a partida teve 20 minutos de muita marcação e quase nenhuma oportunidade de gol.

Se por baixo estava difícil, os times passaram a apostar no jogo aéreo. E o São Paulo se deu melhor. Aos 22 minutos, após escanteio batido por Nenê, Bruno Alves cabeceou no travessão. A bola voltou nos pés de Diego Souza, que chutou para defesa milagrosa do goleiro Júlio César. Este desviou com a ponta dos dedos e, mais uma vez, a bola bateu no travessão e voltou para o meio da área. Éder Militão foi mais rápido do que os zagueiros do Fluminense, mergulhou de cabeça e mandou para o fundo das redes: 1 a 0.

Na volta do intervalo, Abel Braga retornou já com uma alteração: tirou o zagueiro Frazan e colocou o atacante Matheus Alessandro. Assim, trocou o 3-5-2 pelo mesmo 4-3-3 do rival.

A partida ficou muito nervosa. Em menos de dez minutos do segundo tempo, saíram três cartões amarelos: Nenê e Sornoza, por reclamação, e Liziero, após cometer falta. Cada entrada mais forte era motivo para que um bolo de jogadores se formasse ao redor do árbitro Rodolpho Toski.

A partir dos 32 minutos, as traves passaram a "trabalhar". Primeiro, Léo mandou uma paulada de muito longe que explodiu na trave direita de Sidão. Três minutos depois, foi a vez de Marcos Guilherme, que entrara no lugar de Régis, cruzar para Tréllez completar com a perna direita no travessão de Júlio César. No contra-ataque, Robinho finalizou rasteiro e acertou a trave de Sidão novamente.

Aos 43, porém, nem os postes, Sidão ou Arboleda, que subiu com Pedro no cruzamento de Robinho, foram capazes de impedir o camisa 9 de cabecear no ângulo do goleiro são-paulino e empatar a partida no Maracanã. Placar final: 1 a 1.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 1 X 1 SÃO PAULO

Fluminense: Júlio César; Renato Chaves, Gum e Frazan (Matheus Alessandro); Léo, Jadson (Pablo Dyego), Richard, Sornoza e Ayrton Lucas; Marcos Júnior (Robinho) e Pedro. Técnico: Abel Braga.

São Paulo: Sidão; Éder Militão, Arboleda e Bruno Alves; Régis (Marcos Guilherme), Petros, Jucilei (Edimar), Everton e Liziero; Nenê e Diego Souza (Tréllez). Técnico: Diego Aguirre.

Gols: Éder Militão, aos 22 do 1º tempo; Pedro, aos 43 do 2º.

Juiz: Rodolpho Toski Marques (PR-Fifa).

Amarelos: Sornoza, Léo, Jadson (Fluminense); Nenê, Liziero (São Paulo).

Público: 19.235 pagantes.

Renda: R$ 565.405,00.

Local: Maracanã, no Rio.

Fonte: Renan Cacioli / Estadão

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