A política do Palmeiras segue em seus dias de efervescência. O novo capítulo dos conflitos dos bastidores passa pela decisão do presidente Maurício Galiotte de tirar da diretoria os conselheiros ligados a Mustafá Contursi, que passou a ser seu grande rival nos últimos meses. As trocas no corpo diretivo podem chegar a dez até o fim da próxima semana e foram motivadas por diferenças ideológicas dos grupos políticos.

O Alviverde foi procurado para falar sobre o caso, mas não quis comentar. O UOL Esporte, no entanto, apurou que já estão sendo discutidos os nomes dos novos diretores. Nenhum dos afastados ocupa cargos remunerados, ou seja, os substitutos também sairão do conselho deliberativo do clube paulista.

Até o momento, dois conselheiros já foram retirados da diretoria: Edivaldo Bellucci, assessor especial da presidência, e Paulo Jussio, que trata do relacionamento com torcedores de fora de São Paulo. 

O estopim para a decisão de Galiotte foi a votação da última segunda-feira, que tratou de alterações no estatuto do Palmeiras. O grupo político liderado por Mustafá foi contra a ampliação do tempo de mandato presidencial de dois para três anos, acusando a ideia de ser uma manobra para colocar Leila Pereira, proprietária da Crefisa, na briga eleitoral já em 2021. Também foram registrados votos contrários ao aumento de outros grupos políticos, fora da aliança de Mustafá.

Galiotte, por sua vez, apoia a extensão do mandato. O mundo ideal da situação é ver o atual presidente ser reeleito no fim da temporada, passar mais três anos no poder e ter Leila como sucessora. Naturalmente, a empresária também passou a ser inimiga política de Mustafá. 

Fonte: Bruno Grossi / UOL