Jailson brilha, Palmeiras bate o Santos nos pênaltis e está na final
Dono da melhor campanha do Campeonato Paulista e em vantagem após o jogo de ida, o Palmeiras levou um susto diante do Santos, perdendo por 2 a 1 no tempo normal. Sob pressão diante de sua torcida, que lotou o Pacaembu, o time de Roger se redimiu do jogo pouco criativo e desatento na defesa com boas cobranças de pênalti. Com direito a defesa de Jailson na cobrança de Diogo Vitor, o clube alviverde fez 5 a 3 e está na decisão do Estadual.
Foi o prêmio ao Palmeiras, que dominou a posse de bola e levou dois gols em raras chegadas com perigo do Santos ao ataque. Foi também um prêmio a Jailson, um dos grandes personagens do time em 2018, herói do primeiro jogo e autor da defesa que coloca o clube na decisão contra Corinthians ou São Paulo, que se enfrentam nesta quarta - o Tricolor venceu a ida por 1 a 0.
Os gols da partida foram marcados por Sasha, Bruno Henrique e Rodrygo no tempo normal. Nos pênaltis, Dudu, Tchê Tchê, Victor Luís e Moisés acertaram para o Palmeiras, enquanto Diogo Vitor foi o único a perder para o Santos. Eliminado, o clube da Vila Belmiro só volta a campo no próximo dia 5, quando encara o Estudiantes, na Argentina, em jogo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América.
Jailson não foi muito exigido ao longo do jogo. Os dois gols do Santos, em uma cabeçada à queima-roupa e num vacilo da defesa com Rodrygo, não desabonaram o goleiro ao longo dos 90 minutos. Quando a decisão foi para os pênaltis, no entanto, ele decidiu. Pulou para o canto direito e parou a bola com o braço direito. Caprichosamente, ela ainda bateu no seu quadril antes de ser finalmente agarrada.
Um passe de letra bizarro, sem sucesso, e um chapéu que levou de Felipe Mello, resumem o desempenho de Gabigol no clássico. O camisa 10 esteve sumido durante todo o duelo e errou quase tudo que tentou na partida. A exceção foi seu pênalti, o primeiro da série santista, que no entanto não foi o suficiente para classificar o Santos.
Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza foi alvo de muitos protestos, tanto dos jogadores como da torcida do Palmeiras no Pacaembu. O árbitro distribuiu cartões amarelos - foram sete ao todo -, mas não conseguiu controlar os ânimos dos dois times. Na parte disciplinar, ele não coibiu reclamações acintosas dos dois lados e também permitiu que o Santos abusasse de faltas mais duras, especialmente na segunda etapa.
Tanto Roger como Jair fizeram substituições que deixaram a torcida com a pulga atrás da orelha. O palmeirense tirou Willian para colocar Deyverson, que acaba de se recuperar de cirurgia no pé. Além disso, o centroavante ficou marcado por não bater um pênalti na eliminação do Palmeiras na Libertadores do ano passado, e entrou justamente em um momento no qual a partida se encaminhava para as penalidades. Já o técnico santista apostou em Leandro Donizete, outro que está em baixa com o torcedor, para trancar o meio-campo no lugar de Renato nos minutos finais.
O primeiro tempo foi bastante movimentado. O Santos saiu na frente, com Sasha, sofreu o empate três minutos depois, com Bruno Henrique, e tomou a frente do placar no final do primeiro tempo, com Rodrygo. O curioso é que, apesar da vantagem do primeiro jogo (venceu por 1 a 0), o Palmeiras de Roger manteve a sua postura, com marcação alta e jogando na frente. O Santos de Jair também manteve sua estratégia. Mesmo precisando vencer, ficou atrás e apostou apenas nos contra-ataques e com bolas esticadas. A estratégia deu certo pois a equipe santista levou a melhor na primeira etapa com 100% de aproveitamento. Foram duas finalizações e dois gols.
O Palmeiras reclamou bastante do segundo gol do Santos, marcado por Rodrygo. Eles reclamaram toque de mão do jovem santista e também de impedimento de Sasha. Nenhuma das reclamações procede. "Gol legal".
Os jogadores do Santos combinaram de não conversar com a imprensa por conta de comentários de alguns jornalistas em programas de rádio e televisão. No entanto, no final do primeiro tempo, Sasha concedeu entrevista ao SporTV. David Braz passou pelo atacante durante a entrevista e fez sinal de negativo.
Jair Ventura tem quebrado a cabeça para encontrar um substituto para Lucas Lima, hoje no Palmeiras. Depois de utilizar Vecchio, Jean Mota, Vitor Bueno e Diogo Vitor, ele iniciou a decisão com Rodrygo na armação. O jovem marcou o seu gol, mas também não brilhou como "maestro". Foi substituído por Jean Mota aos 21 minutos do segundo tempo.
O volante Alison aplicou uma "tesoura" no lateral Victor Luís aos 15 minutos do primeiro tempo e recebeu o cartão amarelo. O volante, chamado de MMAlison por sua torcida devido a jogadas fortes, correu o risco de ser expulso. Na sequência do lance, um minutos depois, o Palmeiras empatou a partida.
Ficha Técnica
Palmeiras 1 x 2 Santos
Data e horário: 27/03/2018, às 20h30 (de Brasília) Local: Estádio do Pacaembu Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza Auxiliares: Herman Brumel Vani e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa
Gols: Sasha aos 13 e Rodrygo aos 39 minutos do primeiro tempo (Santos); Bruno Henrique aos 16 minutos do primeiro tempo (Palmeiras)
Cartões amarelos: Alison, Sasha e Lucas Veríssimo (Santos); William e Felipe Mello (Palmeiras)
Palmeiras: Jailson; Tchê Tchê, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique (Moisés) e Lucas Lima (Guerra); Dudu, Willian (Deyverson) e Keno. Técnico: Roger Machado.
Santos: Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz, Dodô; Alison, Renato (Leandro Donizete), Rodrygo (Jean Mota); Sasha (Diogo Vitor), Arthur Gomes e Gabigol. Técnico: Jair Ventura.
Fonte: Leandro Miranda / UOL
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