São Paulo aprova propostas da Globo e da Adidas por unanimidade
O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco / Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Em reunião realizada nesta segunda-feira (26), no Morumbi, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou as propostas de contrato com a Adidas e a Rede Globo. As peças devem gerar boa parte da receita do clube nos próximos anos. O acordo de fornecimento de material esportivo deve vigorar a partir do segundo semestre, já os de direitos de transmissão são válidos entre 2019 e 2024. Ambas aprovações foram por unanimidade. Será votado ainda nesta noite o balanço patrimonial de 2017.
O contrato de cinco anos com a Adidas propõe um novo modelo de negócio para o São Paulo. Ao contrário da atual fornecedora, Under Armour, que tinha um valor mínimo de patrocínio e de venda de material esportivo girando em torno de R$ 17 milhões anuais, a empresa alemã não oferece uma quantia mínima. Porém, o clube acredita que poderá ganhar mais desta maneira (cerca de R$ 20 milhões, ao menos).
Serão 50 mil peças por ano como enxoval e 26% de royalties. Caso as vendas superem os R$ 25 milhões por ano, os royalties subirão para 30%. O contrato ainda prevê que a Adidas opere uma megaloja no Morumbi. O espaço teve dias áureos na época da parceria com a Reebok, entre 2006 e 2012, seguiu com a Penalty, de 2013 a 2015, mas não foi usado pela Under Armour. Também ficou definido o recebimento de R$ 3 milhões no momento da assinatura do contrato. É um adiantamento, que será descontado no fim do ano sobre o que for arrecadado em royalties.
No caso do acordo com a Rede Globo, o São Paulo receberá R$ 20 milhões no momento da assinatura do contrato, que prevê a cessão de direitos de transmissão em TV aberta e pay-per-view dos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. Os valores serão variáveis de acordo com performance do time e a exposição. No total, serão R$ 600 milhões divididos entre todos clubes, sendo 40% distribuídos de maneira igual para os que disputam a Série A, 30% por desempenho esportivo e outros 30% por exposição em TV. Não serão computados ainda as placas de propaganda no campo, que poderão ser comercializadas pelo São Paulo, e o direito de transmissão internacional.
Uma outra proposta da Globo já havia chegado ao clube na virada de 2016 para 2017, mas foi barrada pelos conselheiros, que consideraram os valores baixos.
Fonte: Bruno Grossi e José Eduardo Martins / UOL
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