Sobrinho de técnico supera vaias e dá vitória ao Botafogo sobre a Chape
Sobrinho dos famosos treinadores Oswaldo de Oliveira e Waldemar Lemos, o jovem lateral direito Marcinho conviveu com vaias durante boa parte da partida contra a Chapecoense, nesta quarta-feira, no estádio Nilton Santos, mas por ironia do destino, foi justamente ele o autor do gol que deu a vitória por 1 a 0 que afastou o Alvinegro da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Na comemoração, o jogador pareceu estar exaltado e queria correr em direção à torcida, mas foi contido pelo atacante Kieza e ficou apenas apontando para os torcedores.
Com o resultado, o Botafogo pulou para a primeira parte da tabela e ficou na 10ª colocação com 20 pontos. Já a Chapecoense foi para a zona de rebaixamento, no 17º lugar, com 16 pontos.
Neste domingo os cariocas visitam o Internacional, às 16h, no Beira-Rio (RS). Já os catarinenses recebem às 19h o Grêmio na Arena Condá (SC).
Logo aos cinco minutos de jogo, o chileno Valencia foi recuar uma bola e entregou nos pés de Leandro Pereira. O atacante da Chapecoense encheu o pé, mas o goleiro Saulo estava atento e fez a defesa.
Aos 16, Valencia recebeu de Kieza e rolou para trás para Matheus Fernandes que, da meia-lua, bateu com capricho, colocado, e a bola passou rente ao ângulo direito de Jandrei.
Aos 7 do segundo tempo, Igor Rabello recuou na fogueira para Saulo e Leandro Pereira quase se aproveitou, mas o jovem goleiro estava esperto e conseguiu tirar a bola de carrinho.
Aos 9 minutos do segundo tempo, Kieza rolou para Valencia que, já dentro da área, teve calma para dominar e rolar para Marcinho. O lateral, que é destro, fuzilou de canhota e abriu o placar para o Botafogo.
O jovem volante do Botafogo foi quem mais levou perigo ao gol da Chapecoense mesmo possuindo características mais ofensivas. Polivalente, ele apareceu como elemento surpresa no ataque e quase deixou o dele.
O zagueiro do Botafogo estava disperso em campo. Cedeu espaços e errou passes bobos, alguns quase resultando em gols da Chapecoense.
Terceiro goleiro do Botafogo, o jovem de 23 anos não sentiu a responsabilidade de substituir os experientes Jefferson e Gatito Fernández, ambos lesionados. Muito seguro debaixo da trave, fez boas defesas e estava atento enquanto foi exigido.
O Botafogo não teve uma boa atuação na noite desta quarta-feira. Errou muitos passes e cedeu muitos espaços no sistema defensivo que quase custaram caro. A equipe, no entanto, aproveitou a chance que teve e liquidou a fatura.
A Chapecoense apostou no contra-ataque, mas não conseguiu ser efetiva. Criou poucas chances claras de gol, as melhores se aproveitando dos erros individuais do Botafogo.
Com alguns desfalques, o técnico Marcos Paquetá apostou em uma formação com o lateral esquerdo de origem Gilson aberto como um ponta e se revezando em seu setor com o lateral Moisés. A tática funcionou em alguns momentos e pode dar certo futuramente com mais entrosamento.
O técnico Gilson Kleina sentiu a falta do experiente atacante Wellington Paulista. Leandro Pereira foi a referência, mas não conseguiu ser efetivo. Após ficar atrás no marcador, lançou o habilidoso Guilherme, mas pouca coisa mudou.
O lateral direito Marcinho e o meia Leo Valencia ouviram vaias dos torcedores do Botafogo.
BOTAFOGO 1 X 0 CHAPECOENSE Data-Hora: 26/07/2018, às 19h30 Local: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ) Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF) Auxiliares: Daniel Henrique Andrade e Ciro Chaban Junqueira (ambos de DF) Cartões amarelos: Rodrigo Lindoso, Rodrigo Pimpão (BOT);Canteros, Douglas, Doffo (CHA) Cartões vermelhos: Nenhum Gols: Marcinho, aos 9 minutos do segundo tempo (BOT)
BOTAFOGO Saulo; Marcinho (Luis Ricardo), Carli, Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes e Valencia (Renatinho); Rodrigo Pimpão, Gilson e Kieza Técnico: Marcos Paquetá
CHAPECOENSE Jandrei; Eduardo, Douglas, Rafael Thyere e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Elicarlos, Canteros (Doffo) e Osman (Guilherme); Bruno Silva e Leandro Pereira Técnico: Gilson Kleina
Fonte: UOL
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