O artista plástico itaporaense José Teodoro filho, juntamente com seu amigo douradense Oswaldo Arnez, estiveram com suas obras expostas na cidade de Nioaque no final do mês de agosto, durante as comemorações do evento histórico, da marcha cívico cultural da retirada da laguna.

Primeiramente os trabalhos foram apresentados por um dia, na escola municipal indígena 31 de março na aldeia do brejão (da etnia terena).
Os trabalhos ficaram expostos nos períodos, matutino e vespertino, para a visitação das crianças e adolescentes que estudam no colégio. Colégio este construído a poucos anos e muito bem estruturado, todo em alvenaria e também com quadra de esportes.

Segundo o artista Teodoro, foi muito gratificante a recepção das crianças indígenas, pois, se mostraram extremamente interessadas pelas obras apresentadas, inclusive por haver várias obras trabalhadas com a temática indígena. “foi muito proveitosa a visitação a este local, porque é muito importante mostrar a arte e a cultura a todas as crianças, para que desde cedo já se habituem e mostrem interesse nos valores de suas tradições, desenvolvendo já na infância suas capacidades intelectuais e criativas”.  Afirmou o artista.

Também durante a festa realizada na praça, foi montada a exposição no local, contendo as obras para a visitação dos transeuntes. No seguimento da festa, também houve grande visitação pela sociedade nioaquense. Muitos também questionaram as obras, sobre técnicas usadas, abrindo assim um diálogo muito produtivo com o artista.

No sábado foram expostos os trabalhos no salão de festas e recreação dos oficiais.  Onde também foi servida uma saborosa feijoada para o encerramento do evento. Antes, porém foram apresentados os trabalhos aos visitantes presentes, inclusive uma réplica reduzida do canhão “la hite “,  este canhão foi o mesmo modelo usado na guerra do paraguai e na retirada da laguna. Ao lado do canhão também foi moldado em argila uma escultura do major cantuária. (comandante das peças de artilharia durante a retirada) nome este também hoje designado ao 9º gac de Nioaque.  A peça foi muito elogiada pelos presentes pela originalidade e riqueza de detalhes com que foi produzida. Por fim o artista se diz realizado por ter conseguido levar suas obras a vários locais em poucos dias. Não deixando de agradecer aos militares de Nioaque e a secretaria de cultura pelo apoio de transporte, locomoção, alimentação e hotelaria. Contudo, o artista resume na frase de uma música; “todo artista tem de ir aonde o povo está“.

Fonte: Itaporã news