EXCLUSIVO - Entrevista com gerente de saúde, João Alberto
Na primeira semana como gerente de Saúde de Itaporã, João Alberto de Souza, concedeu entrevista exclusiva ao iFato. A entrevista aconteceu em sua sala na gerência.
A publicação da entrevista acontece somente agora, porém nada tem a ver com a CPI instaurada pela Cãmara Municipal, tanto que nesta, não abordamos o assunto, já que na data da mesma, não se falava em ser instalada a Comissão.
Abordamos vários assuntos de interesse da população Itaporaense, alguns temas até dados como polêmicos, como sobre os casos de perseguição a funcionários, que foram creditados a gerente anterior, Silvana Godoi; sua “pouca” experiência em saúde pública; principais dificuldades, entre outros. Porém o novo gestor nos respondeu todas as perguntas que estão dispostas na íntegra, logo abaixo.
iFato: Qual sua experiência com Saúde Pública?
João Alberto de Souza: Na verdade, nunca trabalhei diretamente com saúde pública, mas trabalhei 10 anos em farmácias em contato com medicamentos, desde deposito, até gerência geral. Como iniciei minha vida profissional dentro de farmácias, convivendo com medicamentos, pacientes, aprendi a gostar e a me interessar pela saúde em um todo, isso somado ao cargo de gerente da farmácia, comecei a conhecer vários médicos dos hospitais de Dourados, tive muita comunicação com o hospital Evangélico, pela empresa ter um convênio com o mesmo, estávamos em conversas rotineiras com pessoal da farmácia do hospital, daí acaba pegando amizades com outros funcionários, e acaba conhecendo um pouco mais de saúde pública.
Nesse meio tempo que trabalhava com farmácia, em 2004 me formei em administração de empresas. Depois me casei e fui trabalhar com meu sogro, mas meu pai continuou com farmácias em Maracaju, eu nunca deixei de ter acesso a área da saúde.
E depois, com situações de problemas de saúde na família, voltei a ter contato com a saúde pública porque sempre acompanhei meus familiares que precisaram, inclusive em um dos casos, indo até Barretos, aonde existe um complexo hospitalar de excelência em vários requisitos, podendo ser tomado como exemplo para todas as pessoas, e a toda saúde pública.
iFato: Essa “pouca” experiência pode te atrapalhar em algo?
João Alberto: Não. Tenho determinação, vontade de trabalhar, de resolver os problemas, e a parte técnica, estou rodeado de bons profissionais, que vou estar bem próximos a eles, e tenho amigos que tem esta experiência, sou uma pessoa aberta a criticas e ideias, isso tudo somado, tenho convicção de uma boa gestão a frente da saúde da nossa cidade.
iFato: Quais foram os diferenciais que você acha que fizeram o prefeito escolher seu nome?
João Alberto: Acho que foi mais pela administração, por eu ser formado nesta área, ele me conhece, somos amigos há muito tempo, sabe do meu modo de trabalhar, das minhas características, assimilado a experiência que tenho na saúde.
iFato: Qual será seu foco de trabalho?
João Alberto: A Silvana estabeleceu um excelente planejamento, e deixou tudo bem encaminhado, vamos manter muitos projetos dela, como o centro de especialidades. Vamos melhorar principalmente duas características, aprimorar a parte administrativa, no geral, da gerência e estabelecer um atendimento humanizado, atendendo com amor, carinho, com acolhimento ao povo, esse foi um pedido do prefeito. Mas não é pelo bem do Wallas, da administração, da gerência, isso é pelo bem do povo, é para a população Itaporaense.
iFato: Surgiu alguns casos na mídia Itaporaense, em que a ex-gerente, foi acusada de perseguição à alguns funcionários, qual será seu modo de trabalho em relação a isso?
João Alberto: Não sei se procede ou não a informação, não cabe a eu julgar. Posso dizer que daqui para frente, não importa opção política e nem nada que a pessoa faz fora daqui, só vou levar em consideração o profissionalismo da pessoa.
iFato: Como será o seu relacionamento com os funcionários da gerência?
João Alberto: Quero ser igual com todos, não vou fazer distinção de ninguém, pode ser 12, 14, 15, 18.... se a pessoa trabalha, e ela exerce bem sua função, vai continuar comigo tranqüilo, independente de política. Um exemplo é no caso de um enfermeiro que mora no centro, e trabalha no posto de saúde da COHAB, mas ele gostaria de trabalhar no centro, analisaremos a possibilidade, se for possível, faremos isso. Este funcionário trabalhará mais motivado, renderá mais.
iFato: Em relação a ex-gerente Silvana, ela será utilizada no setor de saúde do município?
João Alberto: Ela está convidada, as portas estão abertas a ela. Admiro muito o trabalho dela, ainda mais agora, vendo de perto o que ela fez pela saúde de Itaporã, e ela tem experiência de sobra, podendo somar muito, até para dar andamento aos projetos iniciados.
iFato: Você já conseguiu ter ciência de qual será sua principal dificuldade da gestão?
João Alberto: Financeira. Não por causa de dividas da gestão passada, mas sim por causa do repasse do governo que está muito baixo.
Hoje utilizamos em media de 22% do repasse que vem ao município, o correto seria diminuir este percentual, mas hoje está difícil. Temos o núcleo de especialidades com pediatria, vascular, dentista, ortopedia, entre outras. Os postos de saúde, contam com um médico cada, durante oito horas por dia, coloca mais enfermeiro, recepcionista, tem mais os funcionários da gerência, do hospital, as agentes de saúde.
iFato: Aconteceram alguns casos, principalmente em distritos do município, que houveram trocas de médicos que as referidas comunidades queriam a permanência dos médicos, qual seria a sua atitude nestes casos?
João Alberto: É isso que quero fazer, a pessoa certa, no lugar, e ao mesmo tempo a população gostando do funcionário que esta ali. Estamos aqui pelo povo, e o povo tem que estar contente.
iFato: Qual mensagem você deixa a população Itaporaense.
João Alberto: As vezes algumas pessoas não acreditam no trabalho da gente, considero isso normal, as vezes alguém comenta que: “ah, João Alberto não tem capacidade, que não sei o que...”. Tem muita gente que fica contente, tem outros que falam mal. Nem Jesus Cristo agradou a todos, tanto é que morreu novo, com 33 anos, quem sou eu para querer.
Mas eu peço para as pessoas que as vezes não acreditam, que ao invés de criticar ou denegrir a imagem, em fez disso tente me ajudar, porque a pessoa que te critica, ela acha que pode ser melhor do que você, e as vezes ela tem idéias melhores mesmo, mas ao invés de usá-las para criticas, use-as para somar, aceito idéias, sugestões.
Também quando tiver decisões técnicas, que influencie médicos e enfermeiros, vou ouvi-los. Procurei o Baltazar, falei “Doutor, preciso de você para me ajudar”. Conversei com o Wilson Gentil e com o Dogmar (ex-secretários de saúde na gestão anterior), vou ouvir todos, sem distinção, ouvir idéias, conselhos. Estou aberto a todas idéias, e a todas pessoas que tiverem experiências para passar conhecimento para mim. Espera eu trabalhar para criticar, eu tenho vontade, tenho o curso de administração, tenho amigos, os próprios funcionários que podem contar comigo.
Mas como falei, na área técnica da saúde, quando precisa decidir na melhor máquina, no melhor aparelho, melhor medicamento, melhores materiais, quando precisa decidir para onde determinado médico vai, vou estar aberto para conversar. Temos tudo para fazer um bom trabalho, e creio muito que isto irá acontecer.
Fonte: iFato
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