Itaporã : Greve de bancários e funcionários dos Correios continuam, e podem ser decididas na Justiça
A greve dos bancários, iniciada no dia 19 de setembro, segue indefinida por tempo indeterminado, conforme o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região. Após uma decisão judicial beneficiar o banco Itaú, que acabou pressionando a retornar o trabalho (segundo o sindicato), ainda não há uma definição de quando e como a paralisação pode se encerrar.
"Segue tudo do mesmo modo. Ontem (1) falamos com a juíza que concedeu mandado favorável ao Itaú, e estamos na tentativa de recorrer. Acontece que a falta de negociação por parte dos bancos, e a inércia da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) prejudicam tão somente a população, que precisa fazer uso do serviço e segue impedida", justificou o presidente do sindicado de Dourados e Região, Janes Estigarribia.
Conforme informação do sindicato, somente em Dourados, pelo menos 80% dos funcionários das agências não estão trabalhando. Ontem, representantes da categoria fizeram uso da tribuna livre da Câmara Municipal durante sessão ordinária. "Recebemos apoio por parte dos vereadores que compreenderam nossas reivindicações. Tudo que queremos é sentar e negociar pautas que são do interesse da categoria e, principalmente, da população", afirmou Estigarribia.
A última proposta ofertada aos bancários pela Fenaban completa um mês na sexta-feira, dia 4. Foi oferecido 6.1% de reajuste em salários, pisos, e benefícios, sendo que a categoria reivindica reajuste de 11.93% sendo 5% de aumento real.
Situação de grevistas dos Correios será julgada pelo TST
Já o caso da greve de atendentes e carteiros dos Correios, iniciada no dia 18 de setembro, foi parar no TST (Tribunal Superior do Trabalho). Conforme publicado no próprio site do Tribunal, está marcado para o dia 8 deste mês uma sessão extraordinária da SDC (Seção Especializada em Dissídios Coletivos), atendendo a solicitação da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) para julgar o dissídio coletivo de greve em vários lugares do país, com funcionários sendo representados pelo Comando Nacional dos sindicatos.
"Isso acontece quando a empresa não entrou em acordo com a categoria, e ela então recorre ao TST para que ele decida os rumos da paralisação, o que pode acabar em uma decisão que obrigue o retorno às atividades", explicou o diretor sindical dos trabalhadores dos Correios em Dourados, Adriano Firmino Telles.
Ainda segundo Telles, já são 48 funcionários paralisados em Dourados, nas quatro agências (sendo uma apenas de distribuição) da cidade. Os trabalhadores reivindicam reposição da inflação em 7,13%; reajuste salarial de pelo menos 15%; incorporação no salário base (que atualmente é de R$ 1.004 por 40 horas semanais) de R$ 200, entre outros. Desde o início da greve, conforme o sindicato, não houve abertura por parte da empresa para negociação.
"Esperamos que o TST valorize o trabalhador. Não sabemos o que vai acontecer, mas nossa greve continua e só voltaremos, sem ter negociado, caso uma decisão judicial nos obrigue. Se houve a deliberação da greve, não foi por nada, e sim por necessidades para melhorias nas condições de trabalho e para melhorias também no atendimento à população", finalizou Telles.
Fonte: Itaporã news
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