Moradora do Jardim Santa Terra sofre com ameaças de perder a casa

17/04/2014 10:44 Itaporã
Casa em questão.. iFato
Casa em questão.. iFato

A auxiliar de serviços diversos na Escola Municipal Sônia Teixeira Paiva de Itaporã (MS), Thalliny Dias Martins, de 25 anos, procurou a reportagem do iFato para denunciar que pessoas seguem tentando tomar o imóvel de sua tia, Márcia Pavão Martins, 40, com quem ela mora, acompanhada de sua filha de 6 anos.

Segundo ela, Márcia comprou a casa da pessoa que ganhou o imóvel do estado, que fica localizado no Jardim Santa Terra, em 27 de fevereiro de 2012. Há alguns meses, ela foi morar em uma fazenda, e deixou a casa para outra sobrinha morar. Quando retornou, no último dia 03, foi surpreendida com um indivíduo morando em sua casa, o qual alegou ter comprado da sobrinha.

- Há alguns meses, tive que mudar para uma fazenda, e pedi para uma sobrinha cuidá-la por um tempo. Quando retornei, no último dia 03, fui surpreendida com um indivíduo estranho morando em minha casa, o qual alegou tê-la comprado da minha sobrinha. Ela deu o imóvel a troco de dívidas contraídas no comércio local, duas dívidas, para dois credores diferentes, uma delas com um morador e comerciante próximo daqui, e depois evadiu-se da cidade - diz a proprietária.

Márcia conseguiu que o indivíduo desocupasse o local. Porém, no último dia 07, o mesmo voltou, arrombou a porta e colocou seus pertences pra dentro e retirou os delas enquanto as mulheres saíram para trabalhar. Ao voltar para buscar o celular que havia esquecido, Thalliny se deparou com o estranho novamente dentro da casa, quando o mesmo afirmou que dividiriam a casa, caso elas não desocupassem. Alegou que teria tal direito por ter pago 5 mil reais à outra sobrinha e mais 5 mil ao gerente de habitação.

- Durante todo estes dias, sofremos intimidações do senhor que diz ter comprado o imóvel, ele tem vindo acompanhado de um funcionário da prefeitura, de nome Rogério, para tentar me tirar daqui. Temos medo de sair para trabalhar e ele entrar e tirar nossas coisas, sendo que eu tenho contrato de compra, é simples, mas tenho - desabafa Márcia.

A proprietária procurou o prefeito Wallas Milfont e o gerente de habitação, José Carlos de Matos Mauro. Sendo que Matos negou as acusações do invasor, não sabe identificar o indivíduo e não recebeu nenhuma importância à titulo de cessão do imóvel.

- As casas doadas não poderiam ser vendidas de forma alguma. A nossa gerência trabalha totalmente dentro da lei. Não vou fugir do correto para agradar ninguém. Para nós, a dona Márcia e sua sobrinha Thalliny estão ilegais, em nosso cadastro consta outra pessoa como proprietária do imóvel. Porém, esse caso em específico deve ser resolvido no ministério público, o que a justiça determinar, será acatado por nós - finaliza o gerente, que ainda nos orientou a procurar o MP para nos inteirar mais sobre o caso das moradias do Santa Terra, onde há muitos casos de venda ilegal e invasão.

Procuramos o Ministério Público Estadual em Itaporã, porém o promotor Romão Avila Milhan Junior, que cuida pessoalmente do assunto, estava de férias.

 

Fonte: iFato

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