Por policiamento nas aldeias, indígenas farão protesto na MS-156
Índios prometem fazer um protesto as partir das 8h na MS-156, que liga Dourados a Itaporã e dá acesso à Reserva Indígena. A intenção é pedir ajuda da população e chamar a atenção das autoridades quanto à falta de policiamento nas aldeias.
O iFato entrou em contato com o cacique Vilmar Machado que adiantou que o protesto será realizado com a entrega de panfletos para os motoristas sobre a falta de policiamento dentro da Aldeia Jaguapiru. O ato acontecerá das oito às onze horas desta quarta-feira, dia 09.
Segundo os indígenas, desde o início das ocupações em fazendas de Antônio João, a Força Nacional concentrou as atividades nessa área de conflito. Com isso, a Reserva de Dourados teria ficado sem o policiamento que era realizado pela equipe de segurança que é ligada ao Ministério da Justiça.
Ao final de julho, o judiciário já havia acatado um pedido do MPF (Ministério Público Federal) e determinado a volta da Força Nacional às aldeias Jaguapiru e Bororó. Porém, as lideranças alegam que o policiamento não vem sendo feito no local.
A falta de segurança nas aldeias é um problema antigo e alvo de constante reivindicação por parte dos indígenas. Eles querem o policiamento permanente, como acontece na cidade, e não paliativos. A presença da Força Nacional, por exemplo, é reforçada frequentemente através de decretos do Ministério da Justiça.
Antes do envio das primeiras tropas da Força Nacional – e até posteriormente ao ingresso dos policiais do órgão -, as próprias lideranças se uniam para atender problemas de segurança. Elas iam até os locais onde haviam crimes ou denúncias e posteriormente acionavam os órgãos responsáveis que só atendiam quando requisitados.
Sem qualquer policiamento novamente, as lideranças estão atendendo as ocorrências por conta própria e sem qualquer estrutura para isso.
Para os líderes, a realização da ‘Operação Tekohá II’ pela Polícia Federal que aconteceu na sexta-feira (4) é importante e tem que haver. No entanto, não resolve o problema de falta de segurança nas aldeias.
Fonte: Dourados News, com adição do iFato
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