Técnicos alertam sobre a situação e o manejo do solo em Itaporã
A agricultura brasileira e especialmente de nossa região ao longo dos anos tem sido cada vez mais tecnificada e eficiente. No âmbito do aumento da produção, da produtividade, do aproveitamento pleno da propriedade, o uso de insumos de alta tecnologia como variedades, sementes transgênicas de alto vigor e potencial produtivo; máquinas e equipamentos sofisticados, de alto rendimento no plantio, alto rendimento na colheita e agricultura de precisão tem sido cada vez mais intensificados.
Um referencial desta realidade tecnológica é o plantio direto/plantio na palha que talvez possa ser considerada a tecnologia mais favorável à obtenção de bons resultados para o agricultor em todos os sentidos, sejam eles econômicos preservacionistas ou práticos na execução das atividades inerentes ao cultivo da terra.
Ao longo da história a agricultura passou por várias etapas para implantação de uma cultura, e pudemos vivenciar, por exemplo, o uso intensivo de arados e grades para deixar o solo pulverizado e fofo para o plantio. Esta prática, que àquela época era considerada necessária; após anos de seu uso constataram-se inúmeros problemas ao solo e aos recursos naturais como compactação, pé de grade, erosão, voçorocas, assoreamento dos córregos, rios, nascentes, perda de nutrientes, perda de plantio por assoreamento após chuvas pesadas, e outros, enfim; grandes prejuízos.
Na busca para a resolução destes problemas, as universidades, órgãos de pesquisa entidades de classe e empresas de assistência Técnica concluíram a necessidade da execução e implantação de PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA e muitas obras foram recomendadas e executadas, como exemplo, a construção de caixas de retenção, a construção de terraços, etc.; mas estas não foram totalmente eficientes, pois algumas das reclamações dos agricultores eram na dificuldade de execução das tarefas agrícolas como plantio, aplicação de defensivos e colheita porque o terraceamento é necessariamente EM NÍVEL para conter a descida das águas e assim eram chamados de CURVAS DE NÍVEL e que nunca são paralelas, necessitava-se, portanto de manobras do maquinário e era normal acontecer sobreposição de insumos e aumento de trabalho.
Com os bons resultados do plantio direto alguns agricultores estão DESMANCHANDO OS TERRAÇOS, para facilitar a atividades do cultivo e redução dos custos de produção por existirem atualmente máquinas e equipamentos maiores e de alto rendimento operacional, porém com dificuldade para eficiência entre os terraços. Como a MÃE NATUREZA é imprevisível em seus eventos climáticos e existe a dito popular “ÁGUA DE MORRO ABAIXO...”, agricultores estão tendo grandes problemas e prejuízos como os acima referidos por ter desmanchado terraços. Vislumbramos que em pleno século XXI, com uma agricultura altamente tecnificada precisamos não retroceder e perder de vista a SUSTENTABILIDADE, pois esta não se dá apenas no sucesso econômico e no cuidado com a fauna e flora do momento, mas principalmente na conservação e preservação dos recursos naturais como solo e água.
Gilberto Silva de Macedo/ José Alcides da Silva/ Luiz Henrique J. Amaral- Extensionistas da AGRAER
Fonte: Itapora News
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