Chacina na Rota 156 que liga Itaporã / Dourados
Em uma curta viagem de 16 quilômetros pela rodovia MS 156, entre as cidades de Dourados e Itaporã (MS), podemos constatar o descaso com a vida animal. Construções da vida moderna que muito conforto nos proporcionam, mas que selecionam a espécie que pode sobreviver.
Há pouco menos de dois anos, a referida rodovia foi duplicada, atendendo um apelo da sociedade, e para separar as duas pistas, foi utilizada uma mureta de concreto, esta contestada por muitos ambientalistas. O projeto dos muros de concreto, conhecidos como New Jersey (onde foram desenvolvidos, há 30 anos, nos EUA), é ecologicamente incorreta por bloquear o trafego de animais migratórios, daqueles que necessitam de uma grande área para se alimentar, tomar água ou procriar, e até mesmo os bichos que fogem do avanço do agronegócio e das queimadas.
Registramos a morte por atropelamento de cinco animais, sendo um guaxinim, um gato doméstico, uma cobra, um quati e um gambá. Também é comum que vejamos muitos cachorros perecerem próximo à reserva indígena que existe entre os dois municípios.
Fato curioso é que a maioria das mortes está acontecendo em baixadas, locais próximos a fontes de água, ainda com alguns resquícios de vegetação.
Parece não haver mais espaço para animais silvestres nas cidades, seus entornos e em zonas rurais. Mesmo animais domésticos sofrem com a situação, quando são abandonados à própria sorte as margens das estradas. O alto índice de atropelamentos na região é apenas uma amostra do que acontece em todo o país, que é o extermínio da vida selvagem.
Fonte: iFato
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