É fácil ser sustentável! Compostagem é uma saída ecológica para lixo orgânico

Tem até empresa dedicada a compostagem
01/03/2018 06:41 Meio Ambiente
Foto: Reprodução
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Sabe aquelas decisões que nos deixam orgulhosos e satisfeitos? Tomar iniciativas sustentáveis é uma delas, concorda? E a compostagem é uma das formas fáceis e simples de cuidar do meio ambiente. O lixo que seria descartado pode virar adubo natural para o cultivo de alimentos orgânicos. A compostagem pode ser feita em casa, mas há uma empresa focada na sustentabilidade em Campo Grande que recolhe e reaproveita os materiais orgânicos.

A compostagem consiste em estimular a decomposição de materiais orgânicos através de micro-organismos para ter como resultado um adubo natural. O processo é relativamente fácil. Em um recipiente fechado, alternam-se camadas de folhas e galhos secos, ou serragem, com restos de alimentos não cozidos como: cascas de frutas, legumes, restos de vegetais, casca de ovos. Borra de café ajuda a acelerar o processo.

Especialistas no assunto ensinam a acondicionar os materiais em um balde com tampa para evitar que o cheiro se espalhe e atraia mosquitos. No fundo do recipiente, devem ser posicionadas pedras, cacos de tijolos ou argila expandida, para o acúmulo do líquido resultante da decomposição. Uma torneira de bebedouro com vedação deve ser instalada na lateral do balde, na parte debaixo, para a drenagem desse líquido, que é rico em nutrientes e pode ser diluído na água utilizada para regar plantas.

Logo acima da camada de pedras, tijolos ou argila expandida, coloque uma tela metálica fina e, em seguida, uma camada de folhas secas ou serragem. E está tudo pronto para a primeira camada de resíduos orgânicos ser posicionada. Sempre que adicionar o material orgânico, cubra com uma nova camada de folhas ou serragem e tampe o balde. Quando o balde estiver cheio, deixe compostar por 30 a 45 dias. Revire os resíduos semanalmente com o auxílio de um pedaço de madeira ou outra ferramenta.

Com um quintal imenso, o motorista aposentado Noeli Marin, de 68 anos, tem como hobby cultivar plantas frutíferas e hortaliças. Mas a sua produção de adubo é ‘tamanho família’. Em um dos cantos do terreno, ele preparou uma estrutura de madeira, onde coloca as camadas de folhas e restos de frutas que são recolhidas no Ceasa de Campo Grande.

“Adubo comprado é químico e é caro. A compostagem, tudo que sobra na cozinha, a gente vai aproveitando e é natural”, afirma Noeli, ressaltando o valor dos alimentos orgânicos. Depois do período de decomposição completado, o resultado da compostagem é utilizado nos canteiros e pés de frutas.

Mas se você não quer pôr a ‘mão na massa’, tem alguém que faz por você. O empreendedor Günther Frantz, de 27 anos, recém formado em engenharia civil, sempre quis se dedicar à construção sustentável, mas não encontrou este campo de trabalho em Campo Grande.

Após ficar sabendo de iniciativas em outros estados, Günter abriu a própria empresa que atua, por enquanto, na região do bairro Carandá e entornos, na zona norte da Capital. Por uma mensalidade acessível, ele recolhe semanalmente os resíduos orgânicos nas casas.

“As pessoas se cadastram pelo site. Eu entrego o balde, que é vedado, e uma sacola biodegradável. Uma vez por semana eu pego a sacola e deixo outra. No final do mês devolvo em adubo ou uma muda de hortaliça ou tempero, a pessoa escolhe”, explica ele.

Para ser coerentemente sustentável, Günter faz a coleta de bicicleta, por isso ainda não está atendendo toda a cidade, mas ele tem planos de expansão do seu negócio. Ele já conta com dois pontos de coleta, onde as pessoas podem deixar os resíduos. Um deles fica na rua Barão de Melgaço, na região central e o outro na rua Sergipe, na Vila Gomes.

​Uma das 35 clientes de Günter é a militar da reserva Elizete Invernizzi, de 56 anos, relata sua aprovação aos serviços. “É muito bacana! Isso dá uma satisfação interna muito grande. É tão pouco o que a gente faz, mas ver aquele material que ia para a natureza de forma irresponsável, voltar de uma forma que vai servir para as plantas, para cultivar melhor e de forma mais saudável, é muito gratificante”, diz.

Há mais de um ano que Elizete separa o lixo compostável e entrega para Günter e, com isso, a lixo reduziu em mais da metade. A destinação dos resíduos orgânicos para a compostagem é apenas uma de suas ações sustentáveis, Elizete também separa o lixo reciclável.

Para saber mais, consulte o site www.ecobalde.eco.br.

Fonte: Tatiana Marin / Midiamax

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