Em um ano, focos de incêndio em áreas urbanas aumentam 62% em MS

Por dia, Corpo de Bombeiros atende a uma média de 11 chamados para combater fogo em terrenos baldios e lixo na Capital e interior.
10/07/2018 08:52 Meio Ambiente
Bombeiros combatente incêndio em mata neste domingo (08), na Avenida Ludio Martins Coelho, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Bombeiros combatente incêndio em mata neste domingo (08), na Avenida Ludio Martins Coelho, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

De 1º de janeiro deste ano até esta segunda-feira (9), o Corpo de Bombeiros atendeu a 2.173 chamadas para combater incêndios em terrenos baldios em Mato Grosso do Sul. O aumento foi de impressionantes 62% em relação ao mesmo período do ano passado, com uma média de 11  chamados todos os dias. 

Os dados da corporação mostram que, nesses 7 meses, foram registrados 1094 focos de incêndio em vegetação, lixo, pedaços de madeira e em construções na área urbana no estado. Foram 1094 em Campo Grande e região e 1079 no interior. No ano passado, foi registrado total de 1338, sendo 682 na Capital e entorno e 656 no interior, com média de 7 chamados por dia.

Somente nesses nove dias de julho, foram ao todo 328 chamados, sendo 122 em Campo Grande e 206 no interior. Nesse mesmo período de 2017, o número era mais alarmante: 144 somente na Capital e 238 no interior.

“Percebemos um aumento considerável de ocorrências durante a estiagem. Além disso, culturalmente, as pessoas limpam terrenos queimando a vegetação. Então, trabalhamos sempre orientando que essa prática representa risco à saúde e pode causar acidentes”, reforça o Corpo de Bombeiros. 

Desde o início do mês, o Corpo de Bombeiros reforçou o efetivo de militares para combater focos de incêndio na área urbana de todo o estado. As equipes extras devem ser mantidas até novembro.

Só neste domingo (08), em Campo Grande, os bombeiros receberam no mínimo 3 chamado para combater incêndio em vegetação.

Cuidados com as "fumaças" - O aumento de focos de queimadas acende o alerta na área da saúde, de pacientes e especialistas. De acordo com o otorrinolaringologista, Milton Nakao, a procura por atendimento médico pelas pessoas que sofrem nessa ápoca do ano aumenta 60%.

Ele explica que são vários os fatores que favorecem o aparecimento de alergias, inflamações, tosse. “Tem a fumaça das queimadas, mas outras fumaças. A poluição dos carros, fumaça de cigarro, até mesmo do fogão da cozinha, além de poeira da casa e pelos de gato e de cachorro. Tudo junto faz com que o sistema de defesa do nariz, ouvido e garganta, fique prejudicado pela seca e frio”, explica.

Ele destaca que o risco aumenta para temperaturas abaixo de 19ºC e umidade relativa do ar com índices abaixo de 60% - características do inverno.

Os principais sintomas são tosse, entupimento de nariz, coriza, dor de cabeça, espirros e, num quadro mais desenvolvido, dor de garganta, no peito, ouvido e febre.

Para as pessoas que já são alérgicas, é ainda mais arriscado ainda. Se não houver tratamento, o problema pode evoluir para o chamado “combo ite”: rinite, sinusite, otite, labirintite, amigdalite, que atingem principalmente crianças, idosos e alérgicos.

“A solução é umidificador. Esse aparelho é muito importante, porque, dependendo da secura, toalhas molhadas e baldes podem não resolver. Outra recomendação é lavar o nariz com soro fisiológico três vezes ao dia, se começar a escorrer muito e entupir. Se não melhorar, procura um médico imediatamente para não piorar”, orienta. dr. Nakao.

 

Fonte: Anahi Gurgel / Campo Grandes News

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