Escola, posto de saúde, centro comunitário: WWF-Brasil investe em reforma de estruturas para melhorar a vida de comunidade amazônica
Melhorar a qualidade de vida das comunidades amazônicas é um dos grandes objetivos do trabalho do WWF-Brasil © Adriano Gambarini/ WWF-Brasil
Melhorar a qualidade de vida das comunidades amazônicas e contribuir com a geração de renda nessas comunidades são dois dos grandes objetivos do trabalho do WWF-Brasil.
Por isso em 2018 a instituição, em conjunto com diversos parceiros, vai fazer a reforma e revitalização de diversas estruturas na comunidade da Barra de São Manoel, no Sul do Amazonas – distante 514 quilômetros de Manaus.
Ao longo dos próximos meses, serão investidos R$ 240 mil na melhoria de seis equipamentos públicos: a escola, o posto de saúde, a sede da associação de moradores, o centro de visitantes, a cozinha comunitária e um redário para o atendimento de turistas.
Essa não é a primeira vez que o WWF-Brasil investe em infraestrutura naquela área: em anos anteriores, a organização já doou um flutuante para o Parque Nacional do Juruena, que fica ancorado por ali; e já investiu na compra de equipamentos e na instalação de placas solares.
Aperfeiçoamento
De acordo com a analista de conservação do WWF-Brasil Karen Pacheco, as reformas têm por objetivo melhorar a qualidade do ensino naquela localidade, contribuir com o bem-estar dos moradores da Barra e aperfeiçoar a infraestrutura de atendimento aos turistas – desde 2013, o WWF-Brasil e a Associação Agroextrativista e Turística da Barra do Tapajós (o nome oficial da associação de moradores da comunidade) desenvolvem por ali um projeto de turismo de base comunitária.
“Os moradores vem pedindo, há algum tempo, investimentos para que possam desenvolver suas atividades sociais e de geração de renda com segurança e bem-estar. Essa revitalização que vamos fazer foi definida em conjunto e contemplam tanto as necessidades que eles trouxeram como uma visão mais técnica da equipe do WWF, que considerou o que seria mais proveitoso baseado nos trabalhos que temos com essa população. A comunidade vem pedindo espaços melhores e mais agradáveis”, explicou Karen.
Segundo o planejamento inicial, as obras começam em abril de 2018 e devem se estender até março do ano que vem – considerando as dificuldades que serão encontradas na compra e no translado de materiais e equipamentos para a Barra de São Manoel.
Assessoria técnica
Já está previsto, neste trabalho, a contratação de um mestre de obras, que vai supervisionar as ações; e a assessoria técnica da JR Engenharia – uma empresa júnior da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) que elaborou os projetos de reforma.
A mão de obra será composta por alguns comunitários, que serão pagos para fazer este trabalho; e alguns profissionais contratados para funções específicas, como marceneiros e pedreiros – hoje, não existem profissionais deste tipo na Barra.
Para o vice-presidente da Associação Agroextrativista e Turística da Barra do Tapajós, Adolfino Pedro de Azevedo, as reformas vão melhorar a vida da população “em vários níveis”.
“Penso que a reforma da escola, em especial, vai ajudar muito na melhoria do aprendizado das crianças. No projeto, consta a criação de uma biblioteca, a construção de salas mais arejadas e uma cozinha mais bem equipada também. Por outro lado, reformar o centro de convivência também mostra que queremos facilitar os encontros e estimular o sentimento de comunidade entre essas famílias ribeirinhas”, explicou Adolfino, que é o professor da comunidade. Hoje, a escola atende 64 alunos do pré-escolar I até o 9º ano do ensino Fundamental.
A comunidade
A Barra de São Manoel é uma comunidade surgida em 1901, resultado dos fluxos migratórios ocorridos na Amazônia durante o ciclo da borracha, no início do século XX. A comunidade fica no município de Apuí (AM) mas, devido à distância em relação a esta cidade, também recebe assistência de Jacareacanga, município do sudoeste do Pará.
Ela fica entre o Parque Nacional do Juruena e o Mosaico do Apuí, duas áreas protegidas que, somadas, ajudam a proteger mais de 4,3 milhões de hectares de floresta amazônica. O WWF-Brasil desenvolve projetos de conservação da natureza naquela área há mais de uma década.
Fonte: Jorge Eduardo Dantas / WWF
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