Fim de fundo internacional pode prejudicar projetos no Pantanal
O fim do fundo que financia projetos de preservação na Floresta Amazônica, pode prejudicar repasses financeiros para região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Estes recursos da Noruega que representam 93,8% dos R$ 3,4 bilhões doados, são destinados a vários estados, não apenas ao norte do Brasil.
De acordo com o jornal O Globo, estes recursos financiam projetos no Pantanal sul-mato-grossense, assim como Paraná, Espírito Santo, Bahia e Ceará, já que 20% do fundo seguem para outros ecossistema. Segundo a reportagem, não são apenas projetos de pesquisa, mas também atividades de fiscalização e combate ao desmatamento.
Trabalhos de campo feitos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Força Nacional e autoridades de segurança e meio ambiente dos governos estaduais também recebem recursos desta fonte.
Os recursos apoiam, por exemplo, sistemas oficiais de monitoramento na Amazônia, que seguiam também para Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e o Pantanal. Segundo especialistas, sem este fundo, muitos trabalhos (fiscalização) ficarão sem dinheiro, assim como programas de restauração de matas, unidades de conservação e demarcação de terras indígenas.
De acordo com a reportagem, a maior parte destes recursos segue para projetos do poder público, sendo 28% para ações da União, 31% dos estados, que juntos somam 59%. Já para Ongs (Organizações não governamentais) representam 38%, com 58 projetos em andamento.
No Ibama, estes recursos são usados para os trabalhos de campo, na compra de equipamentos e outros insumos. A Noruega anunciou que vai suspender os repasses devido ao descumprimento do Brasil, de sua contrapartida. O restante do fundo (5,7%) é financiado pela Alemanha, que também cogita suspender a verba.
Fonte: Leonardo Rocha / Campo Grandes News
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