Moradora se encanta com tamanduá que escondeu o rosto em Bocaina: ‘Raridade’
A moradora Vanessa Kapp teve encontro inusitado no bairro onde mora em Bocaina (SP) na noite da última segunda-feira (12). Ela passava de carro por uma rua do bairro Victório Marangoni quando viu um tamanduá-mirim atravessando a via.
Foi ela quem acionou a Polícia Militar e a Defesa Civil para fazer o resgate do animal. “Eu estava com meu marido e pedi para ele descer do carro e não deixar ele ir embora, mas quando a gente se aproximou ele se levantou e ficamos com medo.”
Ao perceber a movimentação várias pessoas se aproximaram e o tamanduá teve uma reação que chamou atenção da equipe de resgate e também dos moradores – ele ficou paralisado e escondeu o rosto.
“Eu acho que ele estava com muito medo, porque ele ficou o tempo todo paradinho, encostado no muro, por isso deu para todo mundo ver bem ele. Ficamos bobos, ele é muito bonito”, afirma Vanessa.
De acordo com Laís Fernandes e Victor Yunes, médicos veterinários especializados em animais silvestres, esse tipo de comportamento é característico dos tamanduás em relação à luz do ambiente onde ele está.
"Ele sinaliza que o animal está incomodado com a quantidade de luz do ambiente e que quer o seu ‘escurinho’", explicam.
No entanto, apesar de "bonitinho", os tamanduás são animais agressivos, podendo atacar se acabarem se sentindo ameaçados de alguma forma. Antes do ataque, costumam ficar de pé nas patas traseiras e com os braços abertos. "Eles são muito fortes, vêm com os braços abertos e enfiam as unhas onde conseguirem", afirma a veterinária.
A espécie do tamanduá-bandeira é capaz de matar um ser humano durante um ataque. Portanto, é extremamente recomendado respeitar o animal, mantendo a distância e não fazendo nada que possa incomodá-lo ou fazer com que ele se sinta ameaçado.
Por isso ao se deparar com um animal como esse, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros ou Polícia Ambiental. Segundo os policiais, o tamanduá-mirim resgatado já era adulto e não apresentava nenhum ferimento. Ele foi solto para um área de preservação ambiental entre Bocaina e Bariri.
Fonte: Globo Natureza
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