Último dia de janeiro terá superlua, lua azul e eclipse lunar

30/01/2018 15:27 Meio Ambiente
Avião passa pela Superlua próximo a aeroporto em Londres. Foto: Toby Meiville/Reuters
Avião passa pela Superlua próximo a aeroporto em Londres. Foto: Toby Meiville/Reuters

Trinta e um de janeiro de 2018, último dia do mês com uma combinação de três eventos envolvendo a Lua, você já deve ter lido aqui. Teremos uma Superlua, uma Lua Azul e um eclipse lunar.

A Superlua, para quem ainda não sabe, é uma Lua Cheia que acontece quando a Lua atinge a fase de cheia nas proximidades do ponto mais próximo da Terra. A órbita da Lua não é um círculo perfeito, longe disso, e sua distância varia entre 363 mil km (chamado perigeu) e 405 mil km (chamado apogeu). Quando a Lua entra na fase de cheia perto do apogeu, chamamos de Lua Cheia do perigeu-sizígia. Não é difícil entender porque o termo Superlua pegou, né?

Numa Superlua, ela realmente fica maior e mais brilhante, mas a diferença em relação a uma Lua Cheia comum é bem pequena, poucas pessoas conseguem perceber. O melhor momento para observá-la é quando ela está próximo do horizonte, pois a presença de árvores e edifícios permitem ter uma escala de seu tamanho.

E tem Superluas, mais super que outras? Sim, tem! Se a Lua atinge a cheia exatamente no perigeu, temos a maior das Superluas, mas no geral isso acontece em um ponto próximo dele. Veja só a Lua Cheia do dia primeiro deste mês aconteceu quando ela estava a 356.565 km de distância da Terra, nesta segunda Lua Cheia de janeiro ela estará 358.994 km, portanto um pouco mais longe.

Essa será a última Superlua do ano, depois de uma sequência de 3 seguidas, e a próxima deverá ser no dia 21 de janeiro de 2019. Só de curiosidade: quando a Lua atinge a cheia perto do apogeu, o ponto mais distante da sua órbita, temos uma minilua.

Essa Lua cheia vem a ser a segunda do mês de janeiro e ela tem um apelido, Lua Azul. Mas veja, é só um apelido! Ela, de jeito nenhum, ficará azul, nem mesmo um pouquinho. Esse nome deve vir da tradição dos antigos nativos norte-americanos em batizar cada Lua Cheia do ano com um apelido, por exemplo, a de setembro chama-se 'Lua da Colheita', a de outubro chama-se 'Lua da Caça'. A Lua Cheia de janeiro chama-se, por essa tradição, 'Lua do Lobo', mas se temos duas Luas Cheias em janeiro como faz? Quem é quem? A primeira é a do Lobo e a segunda fica sendo uma Lua Azul. Ano passado não tivemos nenhuma Lua Azul, mas este ano, além dessa de quarta-feira (dia 31 de março) teremos outra Lua Azul, já que dia primeiro de março terá sido uma Lua Cheia também.

Por fim, para completar a trifeta lunar, teremos um eclipse lunar. Nessas ocasiões a Lua mergulha na sombra da Terra ficando mais escura a cada minuto. Inicialmente nem dá para perceber que isso está acontecendo, pois a Lua está imersa na penumbra terrestre, mas depois de algum tempo ela mergulha na umbra, a parte mais escura da sombra. Durante essa fase do eclipse a Lua fica bem escura, mas não totalmente apagada e ela adquire uma cor alaranjada, que pode variar desde um leve amarelado a uma cor de tijolo, um laranja bem forte. Tudo depende, neste caso, da poluição da atmosfera da Terra.

Uma parte da Luz do Sol atravessa a atmosfera terrestre e atinge a Lua, mas dependendo da quantidade de partículas suspensas na alta atmosfera, a parte azul da luz é absorvida deixando passar apenas a luz mais avermelhada. Talvez seja o caso nessa quarta-feira, pois o ano passado foi assolado por gigantescos incêndios nos EUA, e em Portugal, por exemplo. Além disso, recentes erupções vulcânicas estão jogando muitas cinzas na alta atmosfera, o que pode causar o 'efeito tijolo' na Lua.

Infelizmente esse eclipse não nos favorece e não poderemos ver nada no Brasil. Em teoria, a pontinha mais ocidental do Acre poderia ver a entrada na penumbra quando a Lua estiver se pondo, mas a diferença de brilho deve ser tão pequena que vai ser difícil notar. O eclipse será visível para quem está nas regiões centrais dos EUA e México, mas a vista será privilegiada para quem estiver no Pacífico. Claro, sempre podemos acompanhar pela internet, vários sites vão transmitir o evento e a Lua entra na fase total, quando deve assumir sua coloração alaranjada, às 09:51 da manhã.

Mas em julho é a nossa vez! No dia 27 de julho termos outro eclipse lunar e esse sim será visto no Brasil. Não será o eclipse completo, mas vamos ver a parte que mais interessa (na minha opinião) que é quando ela está na umbra. O melhor é que como será em julho, as chances do tempo estar bom são maiores!

Fonte: Do G1

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