Usina é investigada por contaminar rio e causar morte de peixes em Naviraí

Depósito da caldeira de uma Usina caiu no Rio Amambaí, água ficou sem oxigênio e peixes morreram
25/01/2019 09:37 Meio Ambiente
Conteúdo da caldeira da Usina teria caído em uma das lagoas que formam o Rio Amambaí (Foto: Divulgação)
Conteúdo da caldeira da Usina teria caído em uma das lagoas que formam o Rio Amambaí (Foto: Divulgação)

Em Naviraí, uma Usina de cana-de-açúcar é investigada, pelo MPMS (Ministério Público Estadual) pela morte de diversas espécies de peixes no Rio Amambaí. A morte das espécies ocorreu no dia 5 de julho de 2018 e a empresa foi autuada pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em R$ 60 mil.

Responsável pelo inquérito civil instaurado no dia 23 de janeiro, o titular da 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Naviraí, Paulo da Graça Riquelme de Marcedo Júnior aponta que no dia 5 de julho foi identificado “um grande número de espécies animais mortas” em uma lagoa formada ao lado do Rio Amambaí.

O local fica às margens do terreno da Usina Rio Amambai Agroenergia, e na mesma ocasião, cita o promotor, uma tubulação da empresa estava rompida, causando depósito de afluentes, que alcançaram a lagoa, “de onde se concluiu ser esta a causa da poluição”.

Ao visitar o local, policiais da PMA afirmam que a água aparentava coloração escura e “forte odor de rejeitos de cana-de-açúcar”. Foram mortas, segundo a corporação, espécies de piabinha, pequira, mato grosso, saicanga, cascudo chinelo, cascudo-pintado, tuvira, cará, lambari, curimba e mandi.

Ao visitarem o pátio da indústria, verificaram “um considerável derramamento de líquido da caldeira com fuligem de cana”. O material escorreu até a lagoa, que tem contato direto com o Rio Amambaí. No relatório enviado à Promotoria, os policiais ainda afirmam que no momento da vistoria, funcionários trabalhavam na contenção do derramamento. Uma área de 6 hectares foi atingida.

Os policiais solicitaram a presença da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e da ong Gebio. As instituições coletaram amostras e constataram que os rejeitos provocaram ausência de oxigênio na água, causando a morte dos peixes.

A reportagem do Campo Grande News tentou contato com a empresa, diversas vezes, pelo telefone, mas as ligações não foram atendidas.

Fonte: Izabela Sanchez / Campo Grandes News

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