Avisos macabros continuam em Pedro Juan e mulher recebe língua de boi com cadeado

No dia 22 de fevereiro, outra mulher recebeu caixa com cartuchos de pistola encravados em uma cabeça de porco
05/03/2019 13:28 Mundo
Língua de boi com cadeado na ponta foi deixada em frente a uma casa em Pedro Juan (Foto: Porã News)
Língua de boi com cadeado na ponta foi deixada em frente a uma casa em Pedro Juan (Foto: Porã News)

Uma moradora da fronteira recebeu um recado macabro na madrugada de terça-feira (05). Após ouvir tiros na rua, Nidia Amanda Ayala, 44, foi até o portão e encontrou uma caixa de sapato e dentro dela uma língua de boi com um cadeado na ponta.

O caso aconteceu em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã. Na tampa da caixa foi escrito o nome “Mathya”. Nidia tem um filho de 18 anos chamado Mathias e suspeita que o aviso foi para o rapaz.

Esse tipo de mensagem, segundo a polícia, é um recurso usado pelo crime organizado que atua na fronteira para aterrorizar testemunhas e impedi-las de falar com a polícia sobre ações criminosas.

Ao site Porã News, policiais paraguaios inforaram que por volta de 0h30 foram ouvidos diversos tiros em frente a uma residência localizada no cruzamento das ruas Juana de Lara e Rubio Ñu, no bairro San Gerardo.

Após os tiros, que acordaram toda a vizinhança, Nidia encontrou a caixa e chamou a Polícia Nacional. O comissário Teófilo Gimenez disse que a proprietária da casa alegou desconhecer que o filho tivesse problema com pessoas do submundo do crime e acredita que os bandidos tenham se enganado.

Esse é o segundo caso de recado macabro em menos de duas semanas na fronteira. No dia 22 de fevereiro, outra moradora de Pedro Juan Caballero recebeu uma caixa de papelão e dentro havia uma cabeça de porco.

Cartuchos intactos de pistola calibre 9 milímetros estavam encravados no crânio e nos olhos do animal e na boca também havia um cadeado. Até agora a Polícia Nacional não descobriu pistas dos autores da ameaça.

A Linha Internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul enfrenta uma guerra sem precedentes, travada pelas facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas e de armas.

Nos dois primeiros meses de 2019, pelo menos 40 pessoas foram assassinadas nos dois lados da fronteira, a maioria em Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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