Balanço de mortos em ataque aéreo no Iêmen sobe para 43

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) indicou que um hospital apoiado pela organização recebeu dezenas de mortos e feridos
09/08/2018 16:38 Mundo
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O balanço de mortos do ataque aéreo que atingiu um ônibus na área de um movimentado mercado no norte do Iêmen subiu para 43, incluindo crianças, e deixou ainda 63 feridos, divulgou o Ministério da Saúde dos rebeldes Huthis.

O ataque da coligação liderada pela Arábia Saudita ocorreu no mercado Dahyan, na província de Saada, que é um bastião dos rebeldes Huthis.

A coligação declarou que atacou os Huthis após os rebeldes terem disparado um míssil no sul do país, na quarta-feira (08), que provocou a morte de uma pessoa.

A televisão Al-Masirah, dirigida por rebeldes do Iêmen, exibia imagens dramáticas de crianças feridas, com as suas roupas e mochilas cobertas de sangue, enquanto estavam deitadas em macas hospitalares.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), através de uma mensagem na rede social Twitter, indicou que um hospital apoiado pela organização recebeu dezenas de mortos e feridos, e que entre as vítimas mortais contam-se 29 crianças.

A província iemenita de Saada fica ao longo da fronteira com a Arábia Saudita.

O ônibus atingido estava transportando civis locais, incluindo muitas crianças, segundo líderes tribais do Iêmen, que falaram sob condição de anonimato por medo de represálias.

O coronel Turki al-Malki, porta-voz da coligação, disse que o ataque em Saada tinha como alvo os rebeldes que haviam disparado um míssil no sul do reino, matando uma pessoa e ferindo outras 11.

Al-Malki insistiu que o ataque de hoje em Saada foi uma "ação militar legítima" e "está de acordo com o direito internacional humanitário".

O porta-voz também acusou os Huthis de recrutar crianças e usá-las nos campos de batalha para encobrir as suas ações.

A coligação disse que o projétil de quarta-feira, disparado em direção à cidade de Jizan, no sudoeste da Arábia Saudita, foi interceptado e destruído, mas os seus fragmentos causaram as baixas.

A Arábia Saudita apoia o Governo internacionalmente reconhecido do Iêmen e está em guerra com os Huthis desde março de 2015.

Os rebeldes controlam grande parte do norte do Iémen, incluindo a capital, Sana. Com informações da Lusa. 

Fonte: Lusa

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