Boatos em redes sociais gera pânico coletivo e histeria na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero

21/06/2016 13:29 Mundo

Após o assassinato de Jorge Rafaat, ocorrido na data de 15/06, a tiros de metralhadora Brownig, calibre .50, uma onda de boatos tomou conta da fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

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O primeiro deles, ainda na noite do ocorrido, dando conta que os filhos de Jorge Rafaat e Jarvis Chimenes Pavão haviam trocado tiros e que os dois haviam morrido. O boato é mentiroso e os dois encontram-se vivos. Eles são sócios em uma produtora de eventos e shows.

O segundo boato, dava conta que forças policiais paraguaias invadiriam todos os imóveis em que residem estudantes de medicina, buscando os autores do homicídio. Tudo não passou de boatos.

Outro boato disseminado principalmente no aplicativo whatsapp dava conta que o irmão de Jorge Rafaat teria ido a uma rádio paraguaia e dito que “vingaria” a morte matando todos que encontrasse pela frente. Outra vez não passou de boataria, pois, até onde a reportagem do Jornal Che Fronteira procurou saber, a família não havia se manifestado até ontem, quando emitiu um comunicado.

Na noite deste domingo, um ato isolado, de quatro pessoas, deixou um saldo de 03 mortos. Novamente a fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero foi destaque nos canais de televisão de seus respectivos países. Vídeos circularam, onde foi possível  ouvir o barulho do enfrentamento dos marginais com a Policía Nacional. “Áudios” que a Redação do Jornal Che Fronteira recebeu, mostravam o desespero dos policiais solicitando reforços e indicando o caminho percorrido pelos marginais. Dois foram presos e supostamente dois conseguiram fugir após intensa troca de tiros.

Para os moradores das duas cidades, nada dos últimos acontecimentos impacta diretamente a sua rotina. As pessoas estão indo trabalhar normalmente e não existe “toque de recolher” emitido nem pelo submundo e nem pelos organismos policiais e de controle.

Houve a chegada em Ponta Porã de uma equipe completa do BOPE, da Polícia Militar de Campo Grande, assim como o governador do Departamento (Estado) de Amambay, Pedro Gonzalez solicitou reforços para as Unidades Policiais de Pedro Juan Caballero, para eventual enfrentamento ao crime organizado.

 

Fonte: Pedro Zadyr, do Chefronteira

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