Brasileiros, 12 pistoleiros de Minotauro, são presos durante operação no Paraguai
A polícia paraguaia já identificou 12 brasileiros entre os suspeitos presos hoje (7) em operação da polícia paraguaia desencadeada para desarticular a estrutura comandada pelo narcotraficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, preso segunda-feira (4) em Balneário Camboriú (SC).
De acordo com o promotor de justiça Hugo Volpe, chefe da força-tarefa contra o narcotráfico na fronteira, os presos estavam em cinco endereços no bairro Defensores Del Chaco, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
Os suspeitos são apontados como integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) colocados sob o comando de Minotauro para eliminar inimigos da quadrilha na fronteira.
Vários assassinatos ocorridos nos últimos meses são atribuídos ao bando de sicários (pistoleiros) comandado pelo traficante brasileiro.
Brasileiros – Os brasileiros presos nesta quinta foram identificados como Emerson Roni Marques de Souza, 26, Ailton Botelho dos Santos, 34, Rodrigo Rocha de Araújo, 22, Renan Canteiro, 29, Wilson Carlos Torres Quadros, 37, Rafael de Souza, 24, Felipe Diogo Fernandes Dias, 24, Julio Cesar Gomes, 28, Deny Junior Mendes Moura, 30, Mike Vinicius Lima Nascimento, 22, Tiago Henrique Lima Fernandes, 26, e Luciano De Souza Martinez, 25.
Também foi preso Marcos Paulo Valdez Pereira, que tem documentos brasileiros e paraguaios, segundo o balanço da operação, divulgado há pouco pelo departamento contra o crime organizado da Polícia Nacional.
Sete brasileiros foram encontrados na casa do paraguaio Ederson Salinas, conhecido como “Ryguazu”. No local também foi preso o cidadão paraguaio William Benjamin Gonzalez Salinas, 20.
Nessa casa, a força-tarefa apreendeu dois carregadores de pistola,marca Glock com 16 cartuchos cada um, 15 celulares, cinco motos, uma caminhonete Toyota Hilux cinza, uma Chevrolet S10 branca, um Volkswagen Up branco com placa de São Paulo, seis fardos de notas de R$ 10, vários documentos e uma réplica de metralhadora.
Arsenal – Já na casa de Deny Junior Mendes Moura, onde estavam outros três brasileiros, foram encontrados um fuzil automático marca Smith & Wesson com três carregadores, cada um com 30 cartuchos, uma pistola Glock com 17 cartuchos, outra Glock com 11 cartuchos, uma pistola Ruger calibre 45 com 15 cartuchos, sete celulares, dois rádios comunicadores, uma caminhonete Toyota modelo Hilux prata e dinheiro cujo valor não foi informado.
No terceiro endereço foram encontrados um revólver Ruger calibre 357 com cinco cartuchos, um carregador de fuzil AK-47 com um cartucho calibre 7.62, uma maleta com vários documentos e dois celulares. A paraguaia Mariza Estela Salinas Benitez, 35, foi presa nesse local.
Já na quarta casa, que estava desocupada, os policiais paraguaios encontraram um Fiat Mille vermelho com placa de Ponta Porã e uma picape Chevrolet Montana cinza com placa de Sorocaba (SP).
Uma grande quantidade de munição foi encontrada na casa, incluindo uma mira telescópica, um fuzil marca Sporter calibre 7.62x39 fabricado nos Estados Unidos, uma base de rádio comunicador, um carregador calibre 223 sem cartuchos, um carregador circular para fuzil 7.62x39 com 14 cartuchos, dois carregadores de fuzil vazios, um carregador de pistola calibre 380 com 14 cartuchos, 45 cartuchos calibre 22 longo, 35 de calibre 22 curto, 28 cartuchos de 9mm e quatro coletes à prova de bala.
Na quinta casa, onde estava Marcos Pereira – dono de identidades paraguaia e brasileira – a operação apreendeu uma pistola Glock 9 mm com 17 cartuchos, um carregador de 30 tiros, 32 cartuchos intactos e documentos.
Já na casa de Ana Carolina Rosa Nuñez, os policiais prenderam o brasileiro Luciano Martinez e apreenderam documentos, quatro celulares e outras evidências não identificadas.
A operação é acompanhada pelos promotores Marcelo Pecci, Hugo Volpe e Alicia Sapriza, os três da unidade especializada contra o carregamento, e o promotor de Pedro Juan Caballero, Armando Cantero. As buscas continuam, segundo a Polícia Nacional.
Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News
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