Copiloto francês estava no comando do jato da AirAsia que caiu, dizem investigadores
JACARTA (Reuters) - O copiloto francês de um jato de passageiros da AirAsia que caiu no mar em dezembro estava no comando do avião pouco antes do acidente, disse nesta quinta-feira o principal integrante da equipe de investigações indonésia.
Os registros da caixa-preta com os dados de voo permitiram uma "imagem muito clara", segundo ele, sobre o que aconteceu nos últimos momentos do voo QZ8501 da AirAsia, mas as autoridades divulgam poucos detalhes.
O Airbus A320 desapareceu das telas de radar em meio ao mau tempo no dia 28 de dezembro, a menos da metade do caminho de um voo de duas horas iniciado na segunda maior cidade da Indonésia, Surabaya, com destino a Cingapura. Todas as 162 pessoas a bordo morreram.
"O segundo no comando, popularmente chamado de copiloto, geralmente se senta à direita da cabine. No momento, ele estava pilotando o avião", disse o chefe da Comissão Nacional de Segurança nos Transportes, investigador Mardjono Siswosuwarno, referindo-se ao primeiro oficial Remi Plesel.
"O capitão, sentado à esquerda, estava no monitoramento." Acredita-se que o capitão Iriyanto, de 53 anos, tenha assumido o controle da aeronave no lugar de Plesel quando o avião começou a subir e depois a descer drasticamente, disseram autoridades.
A causa do primeiro acidente fatal da AirAsia, cerca de 40 minutos depois de decolar, ainda é desconhecida.
Os investigadores disseram que os gravadores de dados de voo e das vozes na cabine mostraram que o avião estava viajando a uma altitude estável antes do acidente. A aeronave estava em boas condições quando decolou, e todos os membros da tripulação estavam certificados adequadamente, disseram.
A Indonésia já havia dito que o avião subiu abruptamente de sua altura de cruzeiro e depois parou, ou perdeu altitude, antes de mergulhar descontrolado no mar.
O chefe da Comissão, Tatang Kurniadi, declarou na mesma entrevista coletiva em Jacarta que a Indonésia tinha encaminhado na quarta-feira o seu relatório preliminar sobre o acidente à Organização Internacional da Aviação Civil, como exigido pelas normas da aviação mundial.
O texto, não divulgado ao público, era puramente factual e não continha nenhuma análise, disse ele, acrescentando que o relatório final, completo, levaria pelo menos de seis a sete meses para ser concluído.
Na quarta-feira, a Indonésia informou que a busca de dezenas de vítimas que ainda estão desaparecidas poderia acabar em poucos dias, se não forem encontrados mais corpos.
A operação de resgate encontrou 70 corpos no mar de Java e esperava localizar outros depois de achar a fuselagem do avião. Mas os dias de mau tempo e a visibilidade ruim dificultam o trabalho dos mergulhadores da Marinha.
Por Kanupriya Kapoor e Fergus Jensen, Reportagem adicional de Fransiska Nangoy
Fonte: R7
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