Economia da China cresce 6,8% no primeiro trimestre 

Pequim conseguiu superar as dificuldades do setor imobiliário e o endurecimento do crédito 
17/04/2018 17:48 Mundo
Parlamento chinês em Pequim - Damir Sagolj-20.mar.2018 / Reuters
Parlamento chinês em Pequim - Damir Sagolj-20.mar.2018 / Reuters

O crescimento econômico da China permaneceu estável, a 6,8%, no primeiro trimestre de 2018, resistindo melhor que o previsto à estagnação da produção industrial e às condições de crédito mais difíceis, graças a um forte consumo interno.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou nos três primeiros meses do ano um crescimento similar ao do último trimestre de 2017, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

Pequim conseguiu superar as dificuldades do setor imobiliário e o endurecimento do crédito, no momento em que o governo tenta reduzir a imensa dívida do país e os riscos financeiros que esta provoca, apesar do risco de reduzir o financiamento da atividade econômica.

A produção industrial chinesa registrou em março uma alta de 6% em ritmo anual, abaixo das previsões dos analistas consultados pela Bloomberg, que acreditavam em uma alta de 6,3%.

A China contou com o forte consumo interno. As vendas no varejo cresceram 10,1% em março na comparação com o mesmo mês de 2017, uma aceleração a respeito do período janeiro-fevereiro (+9,7%). O resultado superou as previsões do mercado, que esperava uma estabilização.

Analistas acreditam que no restante do ano a intensificação da campanha contra os riscos financeiros provavelmente continuará reduzindo o crédito e, portanto, o crescimento.

A economia da China também enfrentará o risco de uma escalada na crise comercial com os Estados Unidos, país que decidiu aplicar taxas de importação sobre o aço (25%) e alumínio (10%).

"A dinâmica de crescimento continua vigorosa e o consumo demonstra que a mudança do modelo de crescimento para a demanda interna segue o seu curso", afirmou o banco ANZ.

Este é o caso do comércio online, que disparou 35% em ritmo anual no trimestre e já representa mais de 20% do total de vendas no varejo.

Fonte: Folha de S.Paulo

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