Greves e manifestações ao redor do mundo pelos direitos das mulheres

09/03/2018 06:52 Mundo
Mulheres seguram cartaz que diz
Mulheres seguram cartaz que diz

Da greve geral das mulheres na Espanha a uma "maratona" feminina em um antigo reduto do grupo Estado Islâmico no Iraque: inúmeros eventos e manifestações marcam este 8 de Março no mundo pelo Dia Internacional da Mulher.

Confira abaixo alguns dos eventos desta quinta-feira (8):

Espanha: greve geral 'feminista'

Milhões de pessoas se dedicaram nesta quinta-feira na Espanha ao Dia Internacional da Mulher participando de uma inédita greve geral e de manifestações que tomaram conta de várias cidades do país em defesa de seus direitos.

Segundo os dois maiores sindicatos do país, Comissões Operárias (CO) e UGT, 5,9 milhões de pessoas participaram das greves de duas horas por turno de trabalho que haviam convocado.

No final da tarde, muitas mulheres vestidas com a cor lilás e em um ambiente festivo encheram as ruas do centro de Madri e Barcelona, depois que, durante o dia, ocorreram várias concentrações em Valência, Sevilha, Bilbau e Palma de Maiorca.

Na capital catalã, a polícia municipal estimou os manifestantes em 200 mil, que, aos gritos de "viva a luta feminista", lotaram a ampla avenida do Passeig de Gràcia.

Estados Unidos: notas de óbito atrasadas

O New York Times consertou uma injustiça ao publicar as notas de falecimento de 15 mulheres famosas sobre as quais não divulgou nada quando morreram.

A romancista britânica Charlotte Brontë (1855), a poetisa americana Sylvia Plath (1963) e a fotógrafa Diane Arbus (1971) fazem parte das famosas esquecidas pelo jornal.

"Desde 1851, as notas de falecimento do New York Times são dominadas pelos homens brancos. Hoje acrescentamos as histórias de 15 mulheres notáveis", indicou o diário.

Polônia: contra a proibição do aborto 

As polonesas se manifestaram em 40 cidades do país. "O tema do aborto se impõe hoje", declarou Marta Lempart, militante feminista.

O Parlamento, dominado pela direita conservadora, atualmente trabalha em um projeto de lei que, se for adotado, apenas autorizará o aborto em caso de risco para a vida ou saúde da mãe, ou gravidez por estupro ou incesto.

Kosovo: 'três anúncios' pelas mulheres em Pristina

Três outdoors vermelhos com perguntas sobre a violência contra as mulheres, semelhantes aos do filme "Três anúncios para um crime", foram colocados diante da sede da Polícia de Kosovo.

Iraque: 'maratona' feminina em Mossul 

Cerca de 300 mulheres participaram de uma "maratona" simbólica de 900 metros em uma avenida de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. Mossul foi recuperada em julho passado das mãos dos extremistas do Estado Islâmico (EI).

Alemanha: Merkel quer mais deveres para os homens 

"A luta das mulheres pela igualdade de direitos continua", afirmou em um vídeo a chanceler Angela Merkel, segundo a qual ainda há muito por fazer "para que as mulheres obtenham os mesmos direitos, e também novos deveres para os homens", disse.

Egito: honras para Nefertiti

O Museu egípcio do Cairo expõe excepcionalmente três tesouros que destacam o papel das mulheres no Egito Antigo. Uma dessas obras é uma cabeça de quartzito de Nefertiti, lendária rainha da beleza que exercia um papel político e religioso fundamental há mais de 3.300 anos ao lado de seu marido, o faraó Akhenaton.

Noruega: "Fearless girl" em Oslo 

Uma réplica da "Fearless girl" - a "garota sem medo", a célebre estátua instalada há um ano da garota que enfrenta o touro em Wall Street - foi inaugurada em Oslo, diante do Parlamento norueguês.

França: jornal mais caro para homens 

O jornal francês "Libération" estava sendo vendido hoje 25% mais caro para os homens, para simbolizar a desigualdade salarial entre os sexos. O primeiro-ministro, Edouard Philippe, anunciou medidas para acabar com essas desigualdades no mundo do trabalho.

Rússia: multidão na frente da Duma em Moscou

Por iniciativa da Anistia Internacional, um pequeno grupo de pessoas - entre elas Ksenia Sobtchak, candidata da oposição à eleição presidencial de 18 de março - reuniu-se diante da Duma (a Câmara Baixa do Parlamento russo), em Moscou, para apoiar jornalistas que denunciaram por assédio sexual o deputado Leonid Sloutski. A URSS foi pioneira em relação aos direitos das mulheres há um século e, em 8 de março, decretou feriado em 1965.

Itália: greve contra a violência

Uma convocação à greve para protestar contra a violência às mulheres foi feita de outro jeito na Itália. Lá, o movimento afetou, principalmente, os transportes: em especial metrô e ônibus em Roma, trens e o setor aéreo. Vários voos domésticos foram anulados no aeroporto de Roma-Fiumicino.

Fonte: AFP

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