Hillary e Trump contrastam em comentários sobre ataque em Orlando

13/06/2016 16:31 Mundo
Hillary Clinton e Donald Trump comentaram o massacre em Orlando (Foto: Alex Brandon/AP/Lucas Jackson/Reuters)
Hillary Clinton e Donald Trump comentaram o massacre em Orlando (Foto: Alex Brandon/AP/Lucas Jackson/Reuters)

Os pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e Donald Trump constrastam em suas declarações sobre o massacre em uma boate de Orlando que deixou 50 mortos, incluindo o atirador. Enquando a democrata pediu para o país não demonizar os muçulmanos, o republicano chegou a defender a proibição temporária da entrada de pessoas dessa religião nos EUA.

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Hillary defendeu ainda manter as ruas americanas livres de "armas de guerra". Por outro lado, Trump pediu ação militar mais forte contra o terrorismo.

As investigações sobre o atentado ainda estão em andamento. O que se sabe é que, pouco antes do ataque, o atirador, Omar Mateen, ligou para o serviço de emergência e disse ser leal ao Estado Islâmico. Nesta segunda, o grupo extremista reivindicou a autoria do massacre, mas o governo americano não se pronunciou sobre isso.

O presidente Barack Obama disse que, aparentemente, o assassino foi influenciado por extremistas, mas que não há "provas claras" de que o ataque foi dirigido por terroristas nem que o atirador seja parte de um "plano maior".

O que disse Hillary
Em entrevista à MSNBC, Hillary disse que irá apoiar medidas mais fortes de prevenção para ataques dos chamados "lobos solitários" e pediu maior monitoramento da internet. Mas ela destacou que, ao mesmo tempo, irá proteger os direitos de muçulmanos norte-americanos.

"É hora que todos nos unamos e lembremos os que foram assassinados, apoiemos a todos os que estão sofrendo e depois tratemos de averiguar o que podemos fazer", disse a ex-secretária de Estado em uma entrevista à emissora NBC.

Hillary respondeu às críticas de Donald Trump, que neste domingo condenou tanto sua provável rival nas eleições como o presidente Barack Obama por não usar a expressão "islã radical" ao referir-se ao extremismo islâmico.

"Toda esta conversa, demagogia e retórica não vão resolver o problema. Eu não vou demonizar, ser demagoga e declarar guerra a toda uma religião", destacou Hillary.

Em comunicado emitido por sua campanha neste domingo, Hillary enfatizou que o massacre de Orlando deve servir para lembrar "mais uma vez que as armas de guerra não têm lugar" nas ruas nem nas mãos de qualquer pessoa.

O que disse Trump
Por sua vez, o provável candidato republicano Donald Trump afirmou que o país precisa aumentar a sua resposta militar contra o Estado Islâmico, incluindo bombardeios.

À tarde, Donald Trump voltou a criticar duramente o presidente Barack Obama. Em uma série de entrevistas na televisão, o republicano questionou a motivação de Obama e afirmou que ele jamais irá resolver o problema da segurança nacional dos EUA.

"Existem muitas pessoas que pensam que talvez ele não queira entender", disse o magnata no programa "Today", da rede NBC. "Acontece que eu penso que ele simplesmente não sabe o que faz. Mas existem muitas pessoas que pensam que talvez ele não queira entender, talvez ele não queira ver o que está acontecendo".

Trump também repreendeu Obama em uma entrevista à Fox News, dizendo que "ele não entende ou entende melhor do que qualquer um entende. É uma coisa ou outra, e nenhuma delas é aceitável".

Há anos o empresário bilionário vem afirmando que Obama é muçulmano em segredo. Em 2011 Trump atraiu atenção de todo o país exigindo que o presidente apresentasse outra cópia de sua certidão de nascimento e disse à Fox News que "talvez ela diga que ele é muçulmano". Obama é um cristão praticante.

No domingo, Trump pediu que Obama renunciasse por não usar as palavras "islã radical" e voltou a pedir uma proibição temporária à entrada de muçulmanos nos EUA.

 

Fonte: Reuters

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