Paraguai confisca fazendas em nome da mãe de Jarvis Pavão

Propriedades em quatro municípios na fronteira com Mato Grosso do Sul foram colocadas em nome do estado paraguaio
02/10/2018 08:49 Mundo
Jarvis Gimenes Pavão cumpre pena no Brasil após ficar oito anos preso no Paraguai (Foto: ABC Color)
Jarvis Gimenes Pavão cumpre pena no Brasil após ficar oito anos preso no Paraguai (Foto: ABC Color)

Fazendas do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão em território paraguaio foram confiscadas pela justiça do país vizinho. Fazendas em nome da mãe dele localizadas nos municípios de Pedro Juan Caballero, Concepción, Horqueta e Yby Yaú foram transferidas para o patrimônio do Paraguai pela juíza de execução de sentença Ana Maria Lhanes.

Preso desde dezembro do ano passado no Presídio Federal de Mossoró (RN), Pavão cumpriu oito anos de prisão por lavagem de dinheiro no Paraguai, mas nesse tempo atrás das grades continuou controlando sua rede de tráfico de cocaína para o Brasil.

No período em que esteve preso no Paraguai, o sul-mato-grossense natural de Ponta Porã foi comparado ao lendário narcotraficante colombiano Pablo Escobar pela forma como assumiu o controle de importantes rotas de cocaína e por construir um apartamento de luxo dentro de um presídio de segurança máxima em Assunção.

Segundo o jornal ABC Color, as fazendas confiscadas estão em nome de Nair Chimenes Pavão, mãe do narcotraficante já condenado a quase 30 anos de prisão no Brasil.

Na sentença, a juíza disse que a transferência das propriedades para o nome do Estado paraguaio é prevista no artigo 95 do Código Penal daquele país. Além das fazendas em nome da mãe de Pavão, a juíza confiscou também propriedades em nome da empresa Lans Inversiones S.A.

Em 2007, a justiça paraguaia já tinha confiscado a Fazenda 4 Filhos, também registrada em nome dele. No local, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) apreendeu 111 quilos de cocaína, em agosto daquele ano.

Processada em território paraguaio, Nair Pavão é dona da empresa Lans Inversiones. Segundo o Ministério Público do Paraguai, a empresa foi criada para lavagem de dinheiro do narcotráfico.

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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