Paraguai tenta, pela 2ª vez, julgar acusado pela morte de Rafaat
Sérgio dos Santos está preso em Assunción acusado de manejar metralhadora usada para matar Rafaat (Foto: ABC Color)
A Justiça do Paraguai tenta nesta quinta-feira (22), pela segunda vez em dois dias, iniciar o julgamento do brasileiro Sérgio Lima dos Santos pelo assassinato do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, ocorrido em 15 de junho de 2016.
Considerado o chefão do crime organizado na fronteira, Rafaat foi executado a tiros de metralhadora calibre 50 que perfuraram a blindagem de seu utilitário Hummer. O ataque cinematográfico ocorreu em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
O julgamento deveria ter começado ontem na sede da Agrupación Especializada, na capital paraguaia, mas a ausência de advogado de defesa provocou o adiamento para hoje.
O advogado Oscar Garcete renunciou à defesa de Sérgio dos Santos e o outro defensor, Alfredo Nicanor Molinas, apresentou um atestado médico alegando uma crise se otite. Se nesta quinta-feira não tiver advogado de defesa, a Justiça deve nomear defensores públicos.
Abandonado ferido – Sérgio Lima dos Santos foi abandonado em um hospital de Pedro Juan Caballero minutos após o ataque que matou Rafaat. Ele estava gravemente ferido, mas se recuperou e está preso há quase dois anos e meio.
A execução de Rafaat, que teria sido comandada pelo narcotraficante brasileiro Helton Leonel Rumich, o Galã – preso no início deste ano no Rio de Janeiro.
Policiais paraguaios afirmam que PCC (Primeiro Comano da Capital) e Comando Vermelho se uniram para eliminar Rafaat, que resistia com violência e morte à expansão das facções criminosas na fronteira.
Logo após a execução, no entanto, os dois grupos romperam a trégua e atualmente travam uma guerra pelo controle do tráfico de drogas e de armas na Linha Internacional entre Paraguai e Mato Grosso do Sul.
Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News
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