Policial paraguaio e tio de traficante são executados a tiros em Pedro Juan

Um dos homens foi morto na frente do filho pequeno; criança ficou manchada com sangue do pai
25/10/2019 12:32 Mundo
Viatura da polícia em frente à casa onde dois homens foram mortos nesta manhã em Pedro Juan Caballero (Foto: Porã News)
Viatura da polícia em frente à casa onde dois homens foram mortos nesta manhã em Pedro Juan Caballero (Foto: Porã News)

O banho de sangue continua na fronteira mais violenta da América do Sul. Dois homens foram executados a tiros há pouco em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS). As mortes ocorreram na sala da casa, no bairo San Antonio.

Os mortos foram identificados como Luís Alberto Gimenez, que era tio do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, há quase dois anos recolhido no Presídio Federal de Mossoró (RN). O outro morto, Dario Milciades Morinigo Acosta, era suboficial da Polícia Nacional do Paraguai.

Segundo policiais paraguaios, um deles foi executado na frente do filho pequeno. A criança ficou manchada com sangue do pai, mas não foi atingida pelos disparos.

A Linha Internacional que divide Mato Grosso do Sul do departamento (equivalente a estado) de Amambay é marcada pela guerra do crime. Facções brasileiras e quadrilhas locais disputam à bala o controle do narcotráfico na região.

Moradores da fronteira afirmam que a matança sempre existiu, mas não como atualmente. Dados não oficiais apurados por jornalistas locais revelam número assustador: pelo menos 150 assassinatos nas duas cidades só em 2019.

Ontem à tarde, Alexander Michel Robles, 30, foi executado por dois pistoleiros de moto quando estava sentado em frente de casa no bairro San Blas. O homem se preparava para deixar a fronteira e estava com a mudança pronta, segundo a polícia.

Ele tentou correr para dentro da residência, mas foi perseguido e alvejado com vários disparos de pistola calibre 9 milímetros. O paraguaio chegou a ser socorrido até uma clínica particular da cidade, mas morreu em seguida.

A polícia suspeita que a morte tenha ligação com a guerra do narcotráfico. Alexander seria ligado ao criminoso brasileiro Levi Adriani Felício, preso no dia 14 deste mês no Paraguai e entregue para a Polícia Federal brasileira no dia seguinte.

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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