Promotor liga pistoleiros presos na fronteira à carga recorde de cocaína

Foram apreendidos carros blindados e policiais descobriram uma oficina mecânica usada para preparar veículos que são usados em assaltos e assassinatos
07/02/2019 15:00 Mundo
Quatro presos hoje em Pedro Juan Caballero são levados em carroceria de caminhonete (Foto: ABC Color)
Quatro presos hoje em Pedro Juan Caballero são levados em carroceria de caminhonete (Foto: ABC Color)

A operação desencadeada nesta quinta-feira (7) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), encontrou indícios ligando o grupo de pistoleiros ao carregamento recorde de 2,2 toneladas de cocaína, apreendido ontem a 90 km da fronteira.

A afirmação é do promotor Armando Cantero, um dos três representantes do Ministério Público que acompanham a operação.

Pelo menos 16 suspeitos estão presos, entre brasileiros e paraguaios. Armas, munições e pelo menos 25 carros, alguns blindados, foram apreendidos em cinco locais da cidade onde os mandados foram cumpridos.

Ao Campo Grande News, o promotor Hugo Volpe, chefe da força-tarefa contra o narcotráfico na fronteira, confirmou que o grupo de pistoleiros é ligado ao narcotraficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, preso segunda-feira em Balneário Camboriú (SC).

Armando Cantero disse que em uma das casas onde as buscas estão sendo feitas foram presos um brasileiro e um paraguaio com pistolas, carregadores e celulares.

Segundo o jornal ABC Color, a operação está concentrada nos bairros Defensores del Chaco e Vila Industrial, em Pedro Juan Caballero.

A maioria dos supostos pistoleiros – ainda não identificados – é de nacionalidade brasileira. Policiais paraguaios e brasileiros tentam confirmar a identidade dos presos, já que alguns usavam documento falso.

Em uma das casas vistoriadas, os policiais descobriram uma oficina mecânica usada para preparar veículos que são usados em assaltos e assassinatos. “Vamos trabalhar nas evidências encontradas no local para conduzir a investigação”, afirmou o comissário Walter Vázquez, chefe da Polícia Nacional.

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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