Ação que prendeu vereadores de Dourados investiga pagamento de propina
Batizada de “Cifra Negra”, a operação que prendeu três vereadores de Dourados, nesta quarta-feira (dia 5), mira fraude em licitação e pagamento de propinas a servidores públicos.
São 10 mandados de prisão e um de busca e apreensão em Dourados e na Capital. Até o momento, a informação é de cinco detenções: Pedro Alves de Lima, Pedro Pepa (DEM), atual candidato a presidente da Câmara, Cirilo Ramão Cardoso (MDB) e Idenor Machado (PSDB), todos vereadores. Amilton Salina, ex-funcionário da Casa de Leis de Dourados, investigado em operação anterior, e Dirceu Longhi, ex-vereador, também foram detidos.
Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a ação de hoje é desdobramento das operações Telhado de Vidro e Argonautas, que investiga crimes de fraude à licitação e corrupção ativa.
A investigação aponta que as mesmas empresas se apresentavam em concorrências e agiam em conjunto, das quais, algumas delas, só existiam no papel. O intuito era simular uma disputa de propostas. “Sem a devida a concorrência, os valores dos contratos oriundos destes processos se faziam exorbitantes”.
O Ministério Público não especificou quais empresas e valores de licitação, apenas que as fraudes ocorreram durante a gestão do vereador Idenor Machado (PSDB) como presidente da Câmara, de 2013 a 2016. Ele está entre os presos.
Ainda de acordo com a apuração, para perpetuar o esquema, os envolvidos pagavam propinas a servidores públicos, “dentre eles os membros da Mesa Diretora da Câmara na época”. Os valores supostamente pagos também não foram revelados.
Operação
Equipes da Polícia Civil e do MP foram à Câmara Municipal de Dourados por volta das 15h30 para cumprir os mandados. Lá, os cinco envolvidos foram presos. Uma camionete Hi Lux prata foi vistoriada. O veiculo estava estacionado na vaga do vereador Cirilo, também detido.
Não foi informado se a prisão é preventiva ou temporária e, neste momento, os presos estão sendo ouvidos por membros do Ministério Público na sede da instituição, em Dourados.
Fonte: Mayara Bueno e Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News
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