A adolescente Luanna Vieira Gregório, de 15 anos, que morreu após ser esfaqueada no final da manhã desta quarta-feira (11), em frente a escola estadual José Ferreira Barbosa, em Campo Grande, estava brincando com desodorante e isqueiro dentro da sala de aula, motivo pelo qual a jovem também acusada pelo crime, teria se irritado.

A melhor amiga de Luanna viu tudo e conta que a discussão começou na sala de aula. “Começou com a Luanna levando o desodorante e um amigo nosso começou a brincar, acendendo o isqueiro e jogando o desodorante assim que fazia fogo. Aí ela falou assim que tinha fobia. Aí elas começaram a discutir dentro da sala e a Luanna falou que ia brigar com ela na hora da saída”, conta a amiga.

Na saída, a ameaça se concretizou. “A Luanna começou a discutir com ela e começou a bater nela de mão limpa. Aí chegou uma amiga da outra com faca e com um soco inglês e começou bater na Luanna com o soco inglês. Ela pegou e esfaqueou a Luanna”, fala a amiga.

A adolescente revela: mesmo ferida, Luana continuou apanhando. “Eu comecei a falar que a Luanna tava sangrando e que era pra deixar a Luanna em paz. Que era pra soltar o cabelo da Luanna, que ela tava esfaqueada, sangrando muito”, conta a menina.

Luanna Vieira morreu a caminho do hospital depois de levar uma facada no abdomem. A briga entre as estudantes foi no horário de saída da escola, que hoje amanheceu fechada.

As imagens, gravadas por um dos alunos, revelam cenas gratuitas de violência extrema.

Luana é a jovem de vermelho (imagem ao lado) que logo depois de bater e ameaçar é agredida por outra jovem, de camiseta branca. Um professor da escola tenta intervir na briga, mas é hostilizado pelos alunos.

Momento em que a briga toma maiores proporçõe, quem tenta impedir o fim da confusão, também passa a ser agredido. De repente, Luana grita e já esfaqueada, pede socorro.

Luana deixa uma filha que hoje (12), completa um ano de idade.

Há cerca de 15 dias, uma outra briga foi registrada no horário de saída dos alunos. Duas adolescentes protagonizam as cenas de violência. Outros estudantes gravam tudo por celular. Não fazem nada para impedir a sessão de espancamento no meio da rua. Algo corriqueiro em frente à escola estadual da Vila Bordon.

Fonte: R7/MS Record