Adolescentes acusadas de tortura na Capital são consideradas foragidas, diz delegado
Imagens distribuídas no WhatsApp´mostram cenas de tortura contra adolescente de 16 anos; duas garotas acusadas de envolvimento não foram localizadas. (Fotos: Arquivo)
As duas adolescentes suspeitas de envolvido em um caso de tortura contra uma garota de 16 anos no início de janeiro no Guanandi –sul de Campo Grande– são consideradas foragidas. A informação é do delegado Fábio Sampaio, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), que confirmou o encerramento do inquérito policial e sua remessa ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Além das duas garotas, uma terceira jovem, de 18 anos, é investigada no episódio.
O caso se tornou público em 8 de janeiro, um dia depois de as agressões ocorrerem –com gravações e fotos distribuídas em um grupo de WhatsApp batizado de “As Bandidas”, que à época tinha 54 participantes. O inquérito reúne também depoimentos, inclusive das investigadas e do motorista que socorreu a vítima.
Sampaio confirmou que solicitou a apreensão das adolescentes, porém, após elas serem ouvidas na Deaij, não foram mais encontradas. O inquérito manteve a tese original de que as agressões teriam como motivação o relacionamento da jovem mais velha com um rapaz que, antes, teria se envolvido com a vítima –que havia feito comentários que desagradaram a garota de 18 anos.
Esta e as adolescentes procuradas, que não teriam uma boa relação com a vítima, armaram a emboscada, atraindo-a para uma casa onde foram cometidas as agressões.
O caso – A vítima das garotas relatou que foi torturada durante duas horas, com a ação transmitida pelo WhatsApp, em um grupo formado apenas por mulheres. Por conta das agressões, ela precisou ser internada.
Conforme seu relato ao Campo Grande News, por volta das 18h de 7 de janeiro ela recebeu mensagem de uma amiga, chamando-a para tomar tereré. A colega, de 17 anos, chamou um motorista de aplicativo, tendo como destino a casa onde ocorreram o ataque. Ao chegar no local, ela afirma que foi agarrada por duas meninas.
A garota disse que o portão foi trancado e, então, ela foi arrastada para dentro do imóvel, onde foi agredida a socos, chutes e com uma faca, tendo as costas riscadas. A “amiga” fez uma transmissão ao vivo do ataque no grupo de WhatsApp e, de acordo com a vítima, afirmaram ainda que só esperavam uma arma para a matar.
A tortura durou cerca de duas horas e só acabou depois que a irmã da vítima recebeu imagens das agressões. Ela procurou a polícia e deu início a uma busca sobre o paradeiro da vítima, ou que fez as autoras liberarem a garota.
Fonte: Humberto Marques e Geisy Garnes / Campo Grandes News
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