Babá é presa por maltratar bebê de 6 meses e coloca a culpa na TPM

29/11/2013 17:31 Policial
Suspeita não tinha experiência como babá.
Suspeita não tinha experiência como babá.

Uma babá de 41 anos foi presa suspeita de maltratar um bebê de 6 meses em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. A prisão aconteceu nessa quarta-feira (26) após os pais estranharem o comportamento da menina e colocarem um celular para captar o áudio da casa. Para justificar os maus-tratos, a mulher alegou que estava com tensão pré-menstrual (TPM) e estressada.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Alessandra Rodrigues da Cunha, os pais da garotinha contaram que há menos de dois meses tinham contratado Celelônia Teixeira Bezerra para cuidar da filha do casal.

Com o passar dos dias, eles perceberam que a menina estava perdendo peso e dormindo muito, cerca de 11 horas por dia. Os pais também informaram que a mulher tinha um comportamento explosivo quando o bebê chorava, mas se controlava na presença dos patrões. Além disso, a menina gostava de ir no colo de todas as pessoas, mas tinha resistência à babá.

“Nessa quarta, os pais saíram para trabalhar e deixaram o celular gravando. No áudio a menina chora muito e é possível escutar a suspeita gritando para a criança engolir a comida”, explicou a delegada.

A gravação também revela que a mulher ameaça dar calmante para a garota. Em um dos trechos ela grita: “Ai meu Deus! Vou te dar 'Passiflora' (calmante), eu sou doida, cadê a Passiflora?”.

“Percebemos que, depois de um tempo, a menina aparenta ter ficado mais calma. Mas não é possível visualizar se ela consumiu o comprimido”, disse Alessandra.

Em outro momento, Celelônia mandava a menina calar a boca e ir dormir. “Durante o trabalho, ela bebia cerveja e arrotava no rosto da criança. A mulher chegou a dizer que 'só bebendo cachaça para aguentar o emprego. Não gosto de crianças”, contou a delegada.

Quando a mãe chegou ao imóvel, pegou o celular e assistiu o vídeo. Ela liberou a mulher do trabalho e avisou o marido. Com posse do áudio, o homem e a avó materna foram até à delegacia e prestaram queixa contra a babá. Por coincidência, ela também estava no local para tirar a segunda via de documentos.

A delegada solicitou que a atendente segurasse a suspeita na delegacia com a desculpa que o sistema estava fora do ar. Com isso, foi possível realizar a prisão em flagrante. “Ela confirmou os maus-tratos, mas negou que tenha dado calmante ao bebê. No entanto, a cartela do remédio foi encontrada dentro de sua bolsa e faltavam dois comprimidos”, afirmou a responsável pelo caso.

A delegada estipulou uma fiança no valor de R$ 10 mil, mas, como não tinha o valor, a suspeita foi encaminhada ao presídio da cidade.

A babá vai responder pelo crime de maus-tratos, com aumento de pena de um terço pelo fato de a vítima ser menor de 14 anos. Se condenada, ela pode pegar até um ano e quatro meses de prisão.

“Os responsáveis pela menina maltratada contaram que não pediram referências do trabalho da babá. É extremamente importante que os pais investiguem antes de deixarem uma pessoa sozinha com seus filhos”, finalizou a delegada.

Fonte: JORNAL O TEMPO

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