Brasileiro morto por terroristas paraguaios foi alvejado por 11 tiros

Família diz que adolescente paraguaio está desaparecido após ataque, mas Ministério Público não confirma sequestro
20/11/2018 20:43 Policial
Local onde brasileiro foi sequestrado e depois assassinado (Foto: Última Hora)
Local onde brasileiro foi sequestrado e depois assassinado (Foto: Última Hora)

O brasileiro Valdir do Campo, 54, assassinado por terroristas do grupo paramilitar EPP (Exército do Povo Paraguaio). Ele foi alvejado por 11 tiros e teve o corpo deixado no campo da estância El Ciervo, região de selva entre os departamentos (equivalentes a estado) de San Pedro e Amambay.

Valdir era comerciante de madeira e trabalhava no corte de árvores com pelo menos outros quatro paraguaios quando sete homens armados usando roupas camufladas com a sigla EPP bordada nas mangas.

O promotor Federico Delfino disse a jornalistas paraguaios que o brasileiro deve ter sido assassinado entre 22h e 22h30 de ontem (19), sete horas após o sequestro. O corpo foi encontrado por volta de meia-noite perto do retiro Três Marias, na mesma fazenda, e removido só na manhã de hoje.

No acampamento, os terroristas queimaram um carro e outros produtos. Eles deixaram no local um panfleto com ameaças a quem planta soja e milho transgênico.

Familiares de um adolescente paraguaio que trabalhava com Valdir do Campo afirmam que o rapaz fugiu do local após o ataque e ainda não foi localizado. O promotor não confirmou se o adolescente pode ter sido levado pelos terroristas.

O Ministério Público investiga se os guerrilheiros já vinham ameaçando o brasileiro, já que os demais homens do acampamento foram deixados vivos. Segundo Delfino, antes de matar Valdir, o grupo de terroristas obrigou os trabalhadores a prepararem o jantar.

Equipes da Força de Tarefa Conjunta, grupo formado por policiais e homens das Forças Armadas, continuam nos arredores do distrito de Santa Rosa del Aguaray, à procura de pista dos terroristas. O EPP já fez vários ataques armados a policiais e à própria FTC.

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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