Brasileiro que fugiu de presídio no Paraguai é recapturado e diz que foi obrigado a ir para não 'virar traidor''
A Polícia Nacional do Paraguai recapturou o 12° fugitivo da Penitenciária de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil em Mato Grosso do Sul, de onde 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira fugiram por um túnel no dia 19 de janeiro.
Cristian Lopes, foi localizado nesta terça-feira (4) no Jardim Aurora, após um trabalho de investigação e cerco pela área. Ao ser preso, Lopes disse à polícia que foi obrigado a fugir para não sofrer represálias por parte dos outros detentos e para "não virar traidor". A Polícia Nacional informou que continua procurando os outros fugitivos com o apoio da Justiça brasileira.
Entre os recapturados está o paraguaio Cristian Javier Benítez Vera, que se entrou a pedido dos pais e que revelou ao Ministério Público do Paraguai, que os chefes da facção criminosa saíram antes dos outros da Penitenciária, e pela porta da frente.
Os 32 agentes penitenciários do presídio paraguaio, incluindo o ex-diretor, foram presos por suspeita de terem facilitado a fuga dos detentos. O ex-diretor e o ex-chefe de segurança foram levados para presídios em Assunção.
Segundo a polícia paraguaia, 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira fugiram da penitenciária Regional de Pedro Jan Caballero, no Paraguai, que fica na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. A fuga foi descoberta no dia 19 de janeiro e teria ocorrido durante a madrugada.
O Ministério Público informou que vídeos de câmeras de segurança do presídio mostram uma movimentação intensa desde 4h do último domingo. A maior parte dos presos estava em um piso superior e um grupo no térreo, onde o túnel foi cavado. Para ter acesso ao piso inferior, os detentos devem passar por um portão, que deve permanecer trancado.
O que chamou a atenção dos promotores foi que esse portão estava trancado no momento em que Ministério Público foi visitar o local após a fuga. As autoridades paraguaias acreditam que houve uma rede de corrupção que facilitou a fuga.
Fonte: G1 MS
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