Bumlai pagou empréstimos de R$ 12 milhões com dinheiro da Petrobras
Polícia Federal fez buscas em propriedades do empresário (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado).
Em entrevista coletiva concedida há pouco, a força-tarefa da Operação Lava Jato afirmou que a investigação sobre envolvimento do empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai na corrupção da Petrobras começou depois que empréstimos feitos pelo empresário no valor de R$ 12 milhões, em 2004, foram pagos com contratos da Petrobras.
O dinheiro dos empréstimos era destinado ao Partido dos Trabalhadores (PT), de acordo com o procurador Diogo Casto de Matos. Em troca, empresas do grupo Schahin conquistaram contratos de navio-sonda na petrolífera.
O procurador Diogo Castor de Mattos disse que, além do empréstimo principal, há pelo menos uma dezena de outros empréstimos, no valor de dezenas de milhões de reais, envolvendo pessoas físicas ligadas ao pecuarista.
A prisão de Bumlai é preventiva, que não tem data para vencer. Bumlai deporia nesta terça na CPI do BNDES, na Câmara, que investiga operações envolvendo o banco, por isso viajou a Brasília.
O nome de Bumlai, que é empresário do setor sucroalcooleiro e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com livre acesso ao Palácio do Planato, apareceu em colaboração premiada de Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, e do lobista Fernando Baiano.
Baiano afirmou que Bumlai recebeu R$ 2 milhões em propina. O dinheiro, conforme colaboração premiada do lobista, era o pagamento em virtude da intermediação de Bumlai junto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um contrato com a petrolífera.
Mandados
Em Campo Grande, os policiais fazem buscas na casa de Bumlai, no bairro Itanhangá, de parentes deles e também em uma sala comercial em prédio na Avenida Afonso Pena. Em Dourados, distante 225 quilômetros da Capital, as buscas são feitas na Usina São Fernando, propriedade de Bumlai. Nas casas dos empresário, policiais abriram três cofres e em pelo menos dois deles joias foram encontradas.
Dos 25 mandados, apenas um era de prisão, e foi cumprido em hotel localizado no Distrito Federal. O empresário de Mato Grosso do Sul e amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será levado para a sede da PF em Curitiba.
Os outros mandados a serem cumpridos no Estado são de condução coercitiva e busca e apreensão.
(Com informações da GloboNews)
Fonte: Aliny Mary Dias, do Correio do Estado
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