Condenado à perpétua, Battisti é preso em MS em fuga para Bolívia

04/10/2017 17:28 Policial
Cesare Battisti. Foto: Divulgação/Midiamax
Cesare Battisti. Foto: Divulgação/Midiamax

Terrorista italiano condenado à prisão perpétua, Cesare Battisti foi preso nesta quarta-feira (04), em Corumbá-MS, na fronteira do Brasil com a Bolívia. A prisão de Cesare foi feita pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) enquanto ele tentava atravessar a fronteira com destino ao país vizinho.

De acordo com o jornal O Globo, a suposta fuga quase concretizada pelo italiano foi motivado pelo fato da Itália pedir ao Brasil que o refúgio dado a Battisti fosse cancelado. Dessa forma, ele seria extraditado para a Itália, onde cumpriria a pena.

Depois de ser detido pela PRF com quantia em dinheiro durante uma blitz, Cesare foi encaminhado para a delegacia da Polícia Federal, em Corumbá.

Advogados do italiano ouvidos pelo jornal afirmaram ainda não ter conhecimento da prisão. Na semana passada, a defesa entrou com pedido de habeas corpus para que ele não fosse extraditado. O pedido está no STF (Supremo Tribunal Federal) e segue em análise.

Battisti
Cesare, hoje aos 62 anos, foi condenado pela justiça italiana em 1987 por terrorismo, com restrição de luz solar, pelo suposto envolvimento em quatro homicídios, além de assaltos e outros delitos menores. É considerado terrorista pelo Estado italiano, embora o delito de terrorismo não seja tipificado na legislação italiana.

Depois da condenação, Battista, que também é ativista de extrema esquerda, integrante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), viveu na França, país que negou, por duas vezes, pedidos de extradição feitos pela Itália. Pouco depois de 2004, o terrorista fugiu para o Brasil e o STF autorizou o procedimento em 2009.

Em razão da extradição ser autorizada apenas mediante decreto, em dezembro de 2009 o então presidente Lula (PT) decidiu pela não extradição de Cesare, que na época estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda. A soltura dele veio por meio de decisão do STF em junho de 2011. Desde então, ele vivia em liberdade no Brasil.

Fonte: Do Midiamax

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