Corpo de PM morto em assalto a ônibus é enterrado no interior de SP
Comoção e homenagens marcaram o enterro do policial militar Elton Ricardo Cunha, de 38 anos. O corpo foi sepultado na manhã deste sábado, 21, no Cemitério Municipal em Pirassununga, interior paulista, cidade de origem do cabo da PM e onde reside os familiares.
Cunha estava na corporação há 15 anos, atuava na Praça Roosevelt, no centro da capital, e foi morto em seu dia de folga. O PM era casado há 3 anos, não tinha filhos.
Durante a cerimônia de despedida, o coronel da PM Telmo Araújo, comandante da Região Central de São Paulo (CPA/M-1) defendeu a ação do policial. "Somos formados para defender a população, mesmo estando em folga, o policial se sente na obrigação de cumprir seu juramento, mesmo com sacrifício da sua própria vida", declarou.
O coronel destacou ainda o empenho de Cunha como um bom policial. "Já tinha trabalhado em várias modalidades e recebeu muitas mensagens de condolências", afirmou Araújo.
Segundo José Hernani Cunha, primo da vítima, o sonho do PM era ser bombeiro. "Melhor pessoa, calma, crescemos juntos. Uma perda muito grande, ele foi um herói", lamenta.
Amigos, familiares e policiais prestaram as últimas homenagens ao soldado. “Eu lembro da nossa infância , depois quando jovem ele já muito dedicado, estudando para o concurso, treinando. É muito triste”, declarou o amigo Fernando dos Santos.
Policiais Militares da capital e de Pirassununga homenagearam o colega de trabalho com o toque de silêncio.
De acordo com dados da Polícia Militar, somente neste ano 38 PMs foram mortos, dos quais apenas 6 estavam em serviço. Neste caso, Elton Ricardo Cunha estava à paisana quando assaltantes invadiram o ônibus da linha Jabaquara-Ferrazópolis em uma parada na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira entre Diadema e São Paulo e anunciaram o arrastão, na tarde de quinta-feira (19). Em poucos segundos começou a troca de tiros. Imagens registradas por câmeras do coletivo mostram o momento que o bandido atira contra o policial, que foi atingido por cinco tiros, dois acertaram a cabeça do pm que morreu no hospital.
Outras duas pessoas morreram durante a violência: o advogado de 23 anos Felipe Fuschi, de 23 anos, e um dos assaltantes, Damião Barbosa, de 32 anos.
A polícia investiga o que aconteceu para começar a troca de tiros. As informações apontam que o policial teria reagido. Três suspeitos do envolvimento no crime estão detidos.
Fonte: Janaína Moro / Estadão
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