Defesa pede suspensão de audiência contra filho de desembargadora
No dia que Breno Fernando Solon Borges, 37, filho da presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul preso por tráfico em abril, seria ouvido pela primeira vez em juízo, a defesa dele voltou a pedir a suspensão da audiência.
O advogado dele em Três Lagoas, Gustavo Gottardi, pede ainda que Breno seja julgado em processo separado dos supostos comparsas dele, já que a família tenta provar na Justiça que o suspeito de tráfico é doente psiquiátrico e, no futuro, que é inimputável.
A mãe, desembargador Tânia Garcia de Freitas Borges, já requereu judicialmente a interdição do filho.
A defesa alega que o melhor momento para desmembrar o processo seria antes da primeira audiência de instrução e julgamento e por isso, pediu que o encontro entre juiz e réu fosse adiado.
O interrogatório em juízo estava marcado para esta quinta-feira (20), mas nem funcionários da Vara da Água Clara e nem a assessoria de imprensa do TJMS confirmaram se Breno compareceu ou não.
Embora o processo não tramite em sigilo, servidores alegaram ao Campo Grande News que precisam de autorização do juiz do caso, Idail de Toni Filho, que após as audiências em Água Clara estava em viagem de volta Ribas do Rio Pardo, onde é o magistrado titular.
Os crimes – Breno Borges foi preso na madrugada do dia 8 de abril. Na ocasião, acompanhado da namorada Isabela Lima Vilalva e do serralheiro Cleiton Jean Sanches Chave, ele foi flagrado em operação da Polícia Rodoviária Federal na BR-262, em Água Clara – a 198 km de Campo Grande.
Em dois veículos, o trio transportava 129,9 kg de maconha, além de 199 munições calibre 7.62 e 71 munições calibre 9 milímetros, armamento de uso restrito das Forças Armadas no Brasil.
Consta na denúncia, oferecida pelo Ministério Público Estadual, que “Breno era o mentor da associação e responsável pela tomada das principais decisões”. Já “Isabela figurava como auxiliadora do primeiro denunciado, instruindo-o, acompanhando-o e auxiliando-o naquilo em que fosse necessário”.
Breno, que é dono de empresas em Mato Grosso do Sul, é acusado em outro processo de participar de ajuda a planeja a fuga de uma liderança de organização criminosa do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança máxima de Campo Grande.
Neste mês, a defesa chegou a conseguir a substituição da prisão por uma internação provisória em uma clínica para que Breno trata-se o vício em drogas, conforme alega a família. Mas, ele teve a prisão preventiva decretada no mesmo dia que conseguiu a liberdade, 14 de julho.
Fonte: Por Anahi Zurutuza, do Campo Grande News
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