Empresário da Capital perde R$ 4 mil após cair em golpe do falso protesto em cartório
Dono de um restaurante de Campo Grande perdeu R$ 4 mil nesta quinta-feira (24), depois de cair em golpe do falso protesto de cartório. De acordo com a vítima, por ligação, os estelionatários informaram todos os dados da empresa e ainda encaminharam documentação com carimbos do cartório e do Governo do Estado.
O empresário, de 60 anos, conta que havia esquecido de fazer o pagamento de um boleto que foi anotado para ser protestado em cartório. Na quinta-feira, ele recebeu ligação de alguém se passando por funcionário do 2º Cartório de Protesto de Campo Grande. Após contato por ligação, recebeu e-mail onde constavam todas as informações da empresa. “Nunca me passou pela cabeça que pudesse ser um golpe, foi algo muito bem feito”, lembra.
Somente depois de fazer o pagamento do boleto, no valor de R$ 4 mil, o empresário se deu conta de que poderia ter sido vítima de estelionatários. “O nome do beneficiário do boleto não batia com o do tabelião do cartório. Procurei a delegacia e lá, me disseram que já tinham registrado cerca de 14 casos iguais ao meu”, lembra.
O 2º Cartório de Protesto da Capital informou que o Instituto de Protesto já foi comunicado e informou que não solicita depósitos nem informa dados pessoais de clientes por telefone.
Leandro Corrêa, presidente da Associação dos Cartórios de Protestos de Mato Grosso do Sul, disse que somente a polícia pode apontar a maneira como os golpistas conseguem as informações dos clientes. "Pode ser pelo banco, dentro do cartório e até mesmo com algum vírus instalado no sistema de dados", relata.
Ele dá dicas para se prevenir da ação dos criminosos e afirma que os boletos emitidos pelos três cartórios de Campo Grande são, exclusivamente, do banco Sicred, sempre em nome do tabelião ou do próprio cartório. “Se a aparência ou alguma informação do documento gera dúvida, o indicado é que a pessoa entre em contato ou vá até o cartório”, afirma.
O golpe que motivou o empresário foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e a polícia investiga. “A recomendação que é nunca fazer nenhum pagamento sem antes confirmar a veracidade. Não dá para acreditar em e-mails ou ligações de gente pedindo para fazer pagamentos ou transferências. Sempre confirmem, entrem no site oficial ou, se for o caso, é sempre bom ir até o local”, recomenda a delegada Daniella Kades, da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.
Fonte: Clayton Neves / Campo Grandes News
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