O caminhoneiro Justino Abril, de 62 anos, pai do motorista Renato Parran Abril, de 40 anos e morador de Campo Grande, relatou ao G1 que ficou inconsolável quando ficou sabendo que o filho morreu no acidente entre o ônibus que conduzia e um caminhão. A colisão ocorreu na Rodovia Castello Branco (SP-280), em Avaré (SP), na madrugada de segunda-feira (12).
"Era um filho muito querido comigo, com a mãe e com o filho. Era uma relação de pai e filho sem problema nenhum, era muito amigo", afirmou.
Segundo a Polícia Rodoviária do estado, o ônibus, que seguia para Mato Grosso do Sul, bateu na traseira do caminhão, que transportava vinhaça. Com a colisão, o motorista do ônibus foi arremessado e morreu no local. A causa do acidente não foi identificada.

Justino Abril disse que o último contato com o filho foi na noite de domingo (11). "Ele ligou e falou com a mãe à tarde, disse que estava no alojamento e que ia descansar porque tinha essa viagem na madrugada. Desejou feliz Dia das Mães e depois não tivemos mais contato", contou.

O caminhoneiro destacou que o ônibus com os passageiros chegaria ao estado na segunda-feira e o filho retornaria para a capital sul-mato-grossense, onde morava com os pais e o filho de 11 anos, nesta terça-feira (12). Conforme Justino, o corpo de Renato foi liberado e tinha previsão de chegar a Campo Grande na madrugada desta terça-feira. "Esperava que ele chegasse com vida e agora vai chegar dentro de um caixão", declarou.
Ainda segundo Justino, o filho trabalhava há muitos anos como motorista e nunca tinha sofrido acidente. "Para mim está muito triste, perder um filho não é fácil. Faz muito tempo que ele é motorista e agora aconteceu isso”, lamentou.
O caminhoneiro afirmou ainda que o momento é de tristeza para toda a família e que o plano agora é criar o filho do motorista, que está em desespero pelo ocorrido. "Foi uma pancada forte. Ninguém espera isso, mas infelizmente aconteceu. Agora fica a dor dessa perda."

Vítimas
Oito pessoas que estavam no ônibus ficaram feridas. As vítimas viajavam de São Paulo para Bela Vista, a 324 km de Campo Grande. As oito vítimas foram encaminhadas para o pronto-socorro da Santa Casa de Avaré. Após serem atendidas, foram liberadas. A empresa de ônibus preferiu não se pronunciar sobre o caso.

Fonte: G1 MS