Estudante inventou estupro depois de perder virgindade com homem casado
Jovem de 25 anos que afirmou ter sido estuprada no campus da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) inventou o caso para esconder relacionamento com um homem casado. Informação foi repassada pela titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Dam), Paula dos Santos Oruê, durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (5).
O suposto estupro foi denunciado no dia 4 de abril. Mãe da jovem procurou a Dam e relatou que a filha chegou da faculdade e foi direto para o banheiro. O fato da estudante lavar a calcinha causou estranheza na mãe e a acadêmica afirmou ter sido estuprada pelo ex-namorado. O rapaz tinha várias passagens pela polícia e foi preso em flagrante.
De acordo com o site Dourados Agora, o inquérito foi finalizado e a delegada informou que ficou comprovado que não houve estupro e que a mulher teve relações sexuais consentidas com um homem casado. A relação ocorreu em biblioteca desativada na praça do terminal de transbordo e não na universidade.
Ainda segundo a delegada, a estudante era virgem e, depois da relação, suas roupas íntimas ficaram com mancha de sangue por conta de ser sua primeira relação sexual. Flagrada pela mãe lavando a calcinha, ela inventou o estupro porque temia que a família descobrisse a perda da virgindade, além do fato de ter matado aula no dia.
"Não houve crime e temos que esclarecer à imprensa porque o caso ganhou repercussão nacional", disse a delegada.
INVESTIGAÇÃO
Depois de denúncia do caso e da suposta vítima apontar o ex-namorado como autor do crime, o homem, de 36 anos, foi preso. Em depoimento, ele disse que estava trabalhando no horário que a menina afirmou ter ocorrido o caso. Porém, alguns colegas de trabalho afirmaram não ter visto o suspeito em alguns horários.
"Ficamos com essa dúvida porque a palavra da suposta vítima era forte", disse a delegada. Além disso, o rapaz é interno do semiaberto. Ele foi solto posteriormente por falta de provas.
A polícia começou a suspeitar da versão da estudante quando equipes da perícia não encontraram vestígios de sangue que comprovasse a violência no local do crime. Versões de testemunhas também foram fundamental para esclarecer os fatos.
"Pela narrativa [de uma testemunha] pudemos perceber que não se tratava de uma vitima com crime tão grave como estupro", disse à imprensa a delegada.
Dias depois, os pais da menina procuraram a delegacia e informaram que ela confessou que a história foi inventada. Mesmo com a declaração dos pais, a jovem continuou mantendo a versão de estupro em novo depoimento à polícia, mas apontou o nome de outro homem como sendo o suspeito, porém, laudo da perícia não constatou violência sexual.
A polícia foi atrás do homem apontado pela estudante e ele confirmou que houve a relação sexual, mas que foi de forma consentida. Ele disse ainda que se arrependeu e que contou tudo para a esposa. Chamada para depor, a mulher deu a mesma versão.
A estudante foi novamente ouvida e confessou que houve consentimento. Por ter mentido, a mulher será indiciada por denunciação caluniosa. Com relação ao ex-namorado, haverá o desindiciamento, para que o nome dele não conste mais no inquérito.
Fonte: Glaucea Vaccari, do Correio do Estado
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